Procissão do Senhor Morto reúne centenas de fiéis nas ruas do Centro de Maceió

Centenas de fiéis participaram nesta Sexta-feira Santa, 18, da tradicional Procissão do Senhor Morto, que percorreu diversas ruas do Centro de Maceió em um clima de profunda reverência, fé e silêncio. A celebração faz parte da programação da Semana Santa e é considerada um dos momentos mais solenes da Igreja Católica.

A programação na Catedral Metropolitana de Maceió teve  início ao meio-dia com o Ofício da Agonia, seguido, às 15h, pela Celebração da Paixão do Senhor.  Após a celebração, os fiéis acompanharam a procissão carregando a imagem do Senhor Morto em um percurso marcado por orações e cânticos.

Durante a adoração, os fiéis se aproximam da cruz para beijar o Cristo crucificado. “Ele passou pela morte de cruz para nos dar a vida verdadeira. Nós adoramos essa verdade de fé: ele nos salvou pela sua cruz”, afirmou o cônego Elison Silva, Pároco da Catedral Metropolitana.

Pascom

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Outro aspecto marcante é o profundo silêncio que envolve toda a celebração. “Ela começa no silêncio e termina no silêncio. Não se faz o sinal da cruz no início nem há bênção no final. Isso porque nos foi privada a presença de Cristo”, explicou o cônego Elison. As hóstias distribuídas neste dia são consagradas na véspera, durante a Missa da Ceia do Senhor, pois não há consagração na Sexta-feira Santa.

Além das celebrações litúrgicas, os fiéis são convidados à oração pessoal, ao jejum e à penitência. “A Sexta-feira Santa é um convite ao recolhimento, à oração pessoal e ao silêncio interior. É um dia de profunda reverência, marcado por um único foco: contemplar o mistério da entrega total de Cristo por amor”, destacou.

Sábado Santo e Domingo de Páscoa

O Sábado Santo acontece a Vigília Pascal, às 19h30. Já no Domingo de Páscoa, a Missa Solene é realizada às 9h e às 19h.

Encerrando o Tríduo Pascal, o Sábado Santo é marcado por uma atmosfera de silêncio e recolhimento que antecede a celebração mais importante do calendário cristão: a ressurreição de Jesus. Segundo o padre Elison, trata-se de um dia profundamente simbólico, que carrega o peso da ausência e da espera.

“O Sábado Santo é o sábado do silêncio, depois da morte, vamos dizer assim, do ‘enterro’ de Jesus. Nós mergulhamos no grande silêncio”, explicou o sacerdote. Ele ressalta que este silêncio é rompido com a celebração da Vigília Pascal, quando se proclama a vitória da vida sobre a morte.

A celebração da Vigília Pascal acontece à noite e tem início com a Liturgia da Luz, exaltando a ressurreição. “É a noite da verdadeira alegria, em que proclamamos que Deus vence a morte por meio do seu Filho”, afirmou.

De acordo com padre Elison, o mistério da ressurreição é tão central para a fé cristã que sua celebração se prolonga por oito dias. “É tão grande o mistério da ressurreição que se estende até o segundo domingo da Páscoa. Vivemos esse tempo como se fosse um único e contínuo dia: a Oitava da Páscoa”, afirmou.

Cônego Elison também lembrou que a Semana Santa é um tempo propício à oração pessoal, à participação nas celebrações litúrgicas e à vivência da penitência, especialmente na Sexta-feira Santa, quando se recomenda o jejum, a abstinência de carne e a coleta para os lugares santos. “O Papa pediu mais generosidade neste ano, considerando o sofrimento na Terra de Jesus, por conta das guerras”, concluiu

Fonte: https://www.alagoas24horas.com.br/1663246/procissao-do-senhor-morto-reune-centenas-de-fieis-nas-ruas-do-centro-de-maceio/