O Programa Cisternas, política pública federal retomada em 2023 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já entregou 2.619 tecnologias de abastecimento de água no Rio Grande do Norte. O número representa 31% das 8.475 contratações feitas no estado.
Para ter acesso ao programa, as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. A iniciativa prioriza famílias rurais de baixa renda e comunidades tradicionais afetadas pela seca ou falta de água.
Em todo o país, já foram contratadas 186,2 mil tecnologias, com investimento de R$ 679 milhões nos anos de 2023 e 2024. A meta nacional é construir 220 mil cisternas até o fim de 2026, beneficiando 905 municípios. Dessas, 68,4 mil já foram entregues até abril de 2025.
O investimento total previsto é de R$ 1,7 bilhão, incluindo R$ 500 milhões de um edital lançado no fim de 2024. O edital contempla a recuperação de 2,5 mil cisternas com mais de dez anos de uso e a construção de 50 mil novas tecnologias, sendo 46 mil de primeira água, quatro mil de segunda água e 245 cisternas escolares.
O Ceará lidera em números absolutos, com 17.716 entregas de um total de 40.994 contratações, seguido pela Bahia, com 14.642 entregas (35% de 41.542). Pernambuco aparece com 8,8 mil entregas (39% de execução), a Paraíba com 5.330 (46%) e Minas Gerais com 6.764 (46%).
Além do RN, também têm mais de 30% de execução Piauí (6.921 de 21.565 contratações), Alagoas (2.101 de 6.765) e Rio Grande do Sul (248 de 509), este último com 49% de execução.
Entre as tecnologias ofertadas estão cisterna de placas de 16 mil litros, cisterna calçadão, cisterna escolar, cisterna de enxurrada, sistema pluvial multiuso comunitário e soluções para captação e reuso de água.
O programa também atua em áreas específicas, como a Terra Indígena Yanomami, onde foram implantados 30 microssistemas comunitários com investimento de R$ 5 milhões, beneficiando cerca de três mil pessoas. Seis já foram entregues até março de 2025, com previsão de mais oito até o fim do ano.
A região Norte conta com R$ 150 milhões do Fundo Amazônia, voltados ao atendimento de 4,3 mil famílias extrativistas, quilombolas e assentadas. No Nordeste, um edital lançado em 2024 permitiu a celebração de parcerias com todos os estados da região, com R$ 311 milhões investidos para construção de 42 mil cisternas e outras tecnologias.
O programa inclui ainda soluções como energia solar em sistemas comunitários, cisternas com banco de sementes, sistemas de tratamento e reuso de água domiciliar, e alternativas para famílias em áreas com pouca captação de água de chuva.
Fontes alternativas de financiamento incluem R$ 40 milhões em cooperação com o BNDES e a Fundação Banco do Brasil para 1,4 mil famílias no Semiárido e os já citados R$ 150 milhões do Fundo Amazônia.
Fonte: https://agorarn.com.br/ultimas/programa-2-6-mil-tecnologias-agua-no-rn/