Deixar as fontes poluentes para usar exclusivamente a energia limpa tem sido uma obsessão no Rio Grande do Norte nos últimos anos. Líder na geração de energia eólica no Brasil, e com um incremento no mercado de energia solar de 50% até o final do ano, o estado tem, ao mesmo tempo, comemorado conquistas e consolidado sua liderança no novíssimo campo do hidrogênio verde, considerado a grande aposta do futuro.
Entre as celebrações, o RN alcançou um marco significativo ao atingir a impressionante marca de 10 gigawatts (GW) de potência instalada em energia renovável. Essa conquista representa cerca de 30% da capacidade eólica nacional e foi comemorada em um evento realizado na última sexta-feira (23), no Wish Natal Resort, reunindo autoridades, especialistas e representantes do setor.
Durante a solenidade, a governadora Fátima Bezerra destacou o significado desse avanço e o compromisso do governo com a sustentabilidade. Ela afirmou: ‘Nós temos 98% da matriz energética do nosso Estado composta por fontes renováveis, sendo 86% proveniente da energia eólica. Isso demonstra nosso esforço contínuo para um desenvolvimento que respeita o meio ambiente e prioriza as pessoas.’
Além disso, o estado se firmou como pioneiro no uso de hidrogênio verde na indústria de cimento, com a assinatura de um contrato entre o governo do RN, CPFL Energia e a Mizu Cimentos. Fátima declarou na cerimônia de assinatura do contrato, no último dia 28, na Governadoria: ‘Essa iniciativa posiciona o Rio Grande do Norte na vanguarda da utilização de tecnologias renováveis, mostrando nossa capacidade de inovação e geração de empregos.’
De uma perspectiva ampla, essas são conquistas invejáveis que merecem comemoração. Afinal, o RN já desempenha um papel importante no processo de descarbonização, superando a marca de 24 GW de potência outorgada. Os projetos de fonte eólica e solar são responsáveis por nada menos do que 97% de toda a potência comercializada no estado.
A contratação de energia proveniente de projetos eólicos lidera as estatísticas. Ao todo, são 384 empreendimentos, correspondendo a 56,3% de todos os 681 projetos de geração de energia comercializados no RN, seja no ambiente livre ou regulado.
Mas não para por aí. A alta concentração de projetos colocou municípios como Açu, no Oeste potiguar, na vanguarda desse processo, com potencial de outorga. Atualmente, 15 estão em construção e 63 estão previstos para os próximos anos. Já Serra do Mel e Lajes figura nas posoções subsequentes desse ranking.
Quanto à potência eólica, o estado conta atualmente com 304 parques eólicos em funcionamento, e mais 16 estão em construção, além de 63 já contratados, que agregarão mais 3 GW de potência instalada nos próximos anos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, atribuiu essa conquista a um ambiente de negócios favorável, resultado de políticas públicas implementadas pelo governo. Ele afirmou: ‘Estamos semeando políticas que favorecem o desenvolvimento sustentável e atraem investimentos em energia renovável.’
A marca dos 10 GW não se limita apenas à geração de energia, mas também simboliza a criação de empregos e o fortalecimento da economia local. Sobre isso, Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, completa: ‘Cada novo parque gera, em média, 500 empregos e movimenta toda a cadeia produtiva, impactando diretamente diversos setores da economia.”
Para se ter uma ideia desse crescimento, nos primeiros meses deste ano, o estado ganhou 13 novos parques eólicos, resultando em um crescimento de 0,45 GW na potência instalada.
Em 2023, o RN registrou investimentos de R$ 22,5 bilhões em projetos de geração de energia eólica e solar. Com um total de 293 parques em operação, o estado se destaca internacionalmente, não apenas pela quantidade, mas também pela qualidade dos ventos propícios para a geração de energia.
O governo federal faz a sua parte e está investindo R$ 1,97 bilhão em linhas de transmissão, que serão fundamentais para a expansão da rede elétrica do estado e a integração de novos projetos de energia. Esse investimento faz parte de um leilão nacional, que prevê a construção de mais de 6.000 km de linhas de transmissão de energia renovável.
Para a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, a importância do Rio Grande do Norte na liderança de projetos de energia no Brasil é uma realidade.
Ela afirmou: ‘O estado é precursor em energia eólica, e com a contínua expansão de projetos, estamos cada vez mais robustos no fornecimento de energia renovável”.
Com um futuro promissor, o Rio Grande do Norte se prepara para manter sua posição de destaque na geração de energia renovável, combinando compromisso ambiental, inovação e desenvolvimento econômico. Essas características têm sido cultivadas pelo governo estadual ao longo dos últimos anos.
Fonte: https://agorarn.com.br/ultimas/rn-na-vanguarda-energias-renovaveis-brasil/