A violência armada segue fazendo vítimas em Salvador, com um dado alarmante: em pouco mais de três meses, dez mulheres já foram atingidas por balas perdidas na capital baiana e Região Metropolitana. Dessas, cinco morreram.
A mais recente foi Ana Luiza dos Santos Silva, de 19 anos, moradora da Engomadeira, que não resistiu após ser baleada durante uma troca de tiros entre policiais militares e suspeitos armados, na tarde deste domingo (13).
O caso reacende o alerta sobre a exposição de civis — especialmente mulheres — à violência em áreas urbanas marcadas por confrontos frequentes entre forças de segurança e criminosos.
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, em março deste ano, todas as seis vítimas de balas perdidas registradas na capital e RMS eram do sexo feminino. Três morreram e outras três ficaram feridas.
Entre os episódios mais marcantes do mês passado está o da dentista Larissa de Azevedo, atingida durante uma perseguição policial na Avenida Paralela, altura do bairro do Trobogy. Ela morreu no local. Dias depois, uma idosa de 87 anos foi baleada dentro de casa, no Vale das Pedrinhas, enquanto assistia televisão.
Agora, o caso de Ana Luiza amplia uma estatística que preocupa autoridades e organizações da sociedade civil. No total, entre 1º de janeiro e 14 de abril, o Instituto Fogo Cruzado já contabiliza dez mulheres vítimas de balas perdidas em Salvador e RMS, com metade das ocorrências resultando em morte.
Apesar do aumento dos casos envolvendo vítimas femininas, ainda não há um posicionamento oficial das forças de segurança sobre possíveis mudanças nas estratégias de policiamento nas áreas mais afetadas. Especialistas defendem a revisão dos protocolos de atuação em áreas densamente povoadas e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para a prevenção da violência armada.
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