A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) destruiu nesta quarta-feira (21) mais de 3 mil equipamentos de som apreendidos durante edições da Operação Sílere, iniciativa voltada ao combate à poluição sonora em Salvador. A ação ocorreu no pátio da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), na BR-324.
De acordo com dados da Prefeitura, apenas em 2024 foram registradas 24 mil denúncias de poluição sonora, resultando em 600 apreensões. Em 2025, até o mês de maio, o número de denúncias já ultrapassa 10 mil, com destaque para os bairros de Pernambués e Brotas como os mais recorrentes em solicitações de fiscalização.
Segundo o diretor de Fiscalização da Sedur, Mateus Castro, o objetivo da operação é promover a conscientização da população. “Não estamos aqui para reprimir, e sim para conscientizar sobre a importância da ordem quanto à poluição sonora. A Sílere existe justamente para isso”, afirmou.
Os equipamentos destruídos nesta quarta são oriundos de apreensões realizadas nos anos de 2022 e 2023, que não foram retirados por seus proprietários. A gerente de Fiscalização da Sedur, Márcia Cardim, destacou que a destruição tem caráter educativo: “Ela serve para sensibilizar a sociedade. Orientamos que as denúncias sejam feitas por meio do Fala Salvador, no número 156.”
A Operação Sílere é realizada há mais de 15 anos e conta com a participação integrada da Polícia Militar, Polícia Civil e Transalvador. As ações ocorrem semanalmente, com fiscalizações programadas para as noites de sexta-feira, sábado e domingo.
A Lei Municipal nº 5.354/1998 determina os limites de emissão sonora em Salvador: até 70 decibéis entre 7h e 22h, e até 60 decibéis no período noturno, das 22h às 7h. O descumprimento da norma pode gerar multas entre R$ 1.211,73 e R$ 201.788,90, além da apreensão dos equipamentos.
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