Sergipe registrou crescimento de 21% no número de trabalhadores na economia criativa

 

 

A economia criativa fechou o terceiro trimestre de 2024 com 7.793.534 trabalhadores em atividade no Brasil, aponta o Painel de Dados do Observatório da Fundação Itaú, que avalia o emprego e a geração de renda no segmento. O número é o maior registrado desde o início da série histórica iniciada em 2012. Sergipe foi destaque no crescimento da oferta de trabalho no segmento com alta de 21%, o segundo maior índice do país.

 

De acordo com o levantamento, em todo o país a economia criativa apresentou um crescimento de 3%, com a criação de mais de 228 mil novos postos de trabalho, no terceiro trimestre de 2024, frente a igual período do ano anterior. O índice é o mesmo verificado para a expansão do emprego no agregado da economia brasileira.

 

A economia criativa engloba os segmentos de moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.

 

O resultado consolidou uma série de três trimestres seguidos de expansão de postos de trabalho no segmento. Foram criados 68 mil empregos entre o primeiro e segundo trimestres e mais 51 mil empregos entre o segundo e o terceiro trimestres de 2024.

Entre as áreas de atividade da indústria criativa que registraram maior expansão do emprego no 3º trimestre de 2024 estão artes cênicas (109%) que registrou forte recomposição da força de trabalho após queda significativa entre o 2º e 3º trimestres de 2023, seguida por mercado editorial (+17%), design (15%) e publicidade (+10%). Em contraponto, registraram queda: gastronomia (-13%), museus (-9%), cinema, rádio e TV (-9%), arquitetura (-9%) e museus e patrimônio (-9%). Ver tabela completa abaixo, com variação da oferta de emprego das principais áreas criativas para trabalhadores especializados e incorporados (profissionais de outros setores da economia que se integraram à economia criativa).

Informalidade cresce 

 

Quanto ao tipo de vínculo de trabalho, no terceiro trimestre de 2024, o Painel de Dados apontou forte crescimento de postos de trabalho informais na economia criativa, com um aumento de +7% frente a igual intervalo do ano anterior. No agregado da economia brasileira o aumento de vagas informais foi menor:  +2%.

 

No mesmo período, o número de trabalhadores formais na economia criativa apresentou estabilidade, com um crescimento de apenas +1%, em contraste ao aumento de +4% para o total da economia brasileira; dados que apontam para a tendência de maior precarização nas condições de trabalho na indústria criativa.

 

DISPARIDADE GEOGRÁFICA

 

Segundo as informações do Painel de Dados da Fundação Itaú, São Paulo segue ocupando o posto de maior mercado da indústria criativa no país, com 2,5 milhões de trabalhadores ativos. O crescimento relativo da oferta de trabalho no estado, no entanto, foi menor que a média nacional, marcando 1% de expansão no 3º trimestre de 2024 frente ao mesmo período do ano anterior.

 

No mesmo intervalo, a oferta de trabalho no segmento cresceu 37% em Roraima, 21% em Sergipe e 18% em Mato Grosso, Pernambuco e Minas Gerais. Na sequência, estão Bahia (+15%), Ceará e Rondônia (+13%), Tocantins (+12%), Espírito Santo (+10%), Amapá (+9%), Goiás (+7%), Paraíba (+6%) e Amazonas (1%)

 

No mesmo período, foram registradas quedas no número de postos de trabalho na economia criativa no Piauí (-35%) no Pará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul (-10%) e no Acre (-8%). Quedas menos expressivas foram registradas nos estados do Paraná (-3%), Maranhão e Mato Grosso do Sul (-2%), e Santa Catarina e Distrito Federal (-1%). O Rio de Janeiro ficou estável, sem crescimento ou declínio.

 

Fonte: https://ajn1.com.br/urbano/sergipe-registrou-crescimento-de-21-no-numero-de-trabalhadores-na-economia-criativa/