Styvenson critica embargo de obra em Mossoró: ‘Só pode ser força do Satanás’

O senador Styvenson Valentim (PSDB) criticou a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Mossoró (Semurb) por ter embargado a obra do Hospital Infantil, que acontece por meio de recursos de emenda enviada pelo parlamentar. Em vídeo publicado nas redes sociais, o senador afirmou que a gestão de Allyson Bezerra (União) age como uma “força demoníaca”.

Segundo a Semurb, o embargo ocorreu porque a obra não tem alvará de construção. Assim, a execução foi considerada ilegal. O hospital está ligado a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (Apamim).

“Só pode ser força do mal, demoníaca, de Satanás, para impedir a gente. Eu estou falando isso porque na política isso é mais claro. Quando eu fui eleito, em 2018, não prometi a vocês que iria fazer hospital, batalhão de polícia, limpar rio como eu estou limpando. Não prometi nada disso, e vocês estão vendo coisas que estão incomodando gente no Rio Grande do Norte”, disse Styvenson.

Ele também questionou a falta de clareza no aviso de embargo inserido pela Prefeitura no local da construção. Ele defendeu que, se a obra não pode ocorrer por um motivo técnico, então o problema deve ser resolvido, sem a necessidade de realização do embargo.

“Quando a Prefeitura coloca um embargo em hospital 24 horas atendendo crianças, você tem que explicar de que lado você está. Por qual motivo? Se é técnico, vamos para o motivo, que ele pode ser resolvido”, declarou.

Styvenson afirmou ainda que as ações de seu mandato estão incomodando a classe política, que estaria causando dificuldades, por meio inclusive de declarações pagas. Ele não citou nomes.
“Todo dia é um obstáculo diferente, é uma dificuldade diferente, é uma barreira diferente. Mas eu concluo que alguns políticos estão incomodados com isso, tem alguns que pagam algumas pessoas para dizer: “não é bem assim, não é assim não”, declarou.

Ilegalidade

De acordo com as informações da Prefeitura de Mossoró, a obra foi iniciada no dia 21 de março de 2025 de forma ilegal, sem a solicitação do alvará por parte da Apamim, que só foi feito no dia 15 de abril.
“Os fiscais urbanísticos da Prefeitura, que são servidores efetivos, identificaram a ilegalidade da obra, notificaram, mas a direção do hospital não compareceu no prazo legal, restando a obrigação dos servidores embargarem a obra ou correrem o risco de responderem pelo crime de prevaricação”, diz a nota.

Hospital da Liga

Sobre a obra do Hospital da Liga do Câncer, a prefeitura afirmou que a obra é outra que está sendo executada sem alvará de construção e portanto de forma ilegal. A instituição foi notificada, mas o problema ainda não foi resolvido.

Fonte: https://agorarn.com.br/ultimas/styvenson-critica-embargo-de-obra-mossoro/