Carreata homenageia São Cristóvão, o protetor dos motoristas

Em celebração à São Cristóvão, nesta quinta-feira (25), data em que se celebra o dia do santo, a comunidade católica de Belém promoveu carreata em homenagem ao ‘padroeiro dos viajantes e dos motoristas’.

Com saída do Santuário de Fátima, localizada na rua Antônio Barreto, o cortejo único e tradicional, iniciado às 19h30 reuniu, como todos os anos, centenas de devotos e condutores de veículos, que mantêm viva a tradição centenária. “Estar hoje aqui e participar da programação significa fé e devoção. Para mim, cristã, a data é uma tradição cultural, que se fortaleceu com o passar dos anos. É o momento em que eu me reúno com a comunidade para celebrar e agradecer os milagres, a minha proteção, da minha família e a benção que todo dia ele me entrega”, relata Maria do Carmo, guia turística.

Inicialmente organizada pela União dos Choferes do Pará, a tradição teve início na capital paraense no ano de 1913, quando a imagem peregrina do santo foi trazida de Portugal. Mas, com o passar dos anos, a responsabilidade da celebração foi assumida pelos Amigos de São Cristóvão, que durante o percurso, ecoaram cânticos e orações pelas ruas das ruas da cidade.

O coordenador da carreata e membro do grupo Amigos de São Cristóvão, Hermínio Calvinho Neto, 52, conta que a ideia é manter viva a tradição, iniciada por seu avô. “São 111 anos. A carreata vem da União dos Choferes. Na minha família, são mais de 80 anos de história. Meu avô começou, depois meu pai e eu continuo. Só temos que agradecer a São Cristóvão. Ele que nos protege. É o padroeiro dos transportes”, pontua.

A carreata se encerrou na Comunidade Santo Agostinho, no bairro da Terra Firme, onde o santo recebeu mais homenagens, incluindo a apresentação da banda de música da Polícia Militar do Pará e Guarda Municipal. E quem não perde a oportunidade festiva em homenagem ao santo é o cobrador Guilherme Sousa e sua família, que fazem questão de acompanhar a caminhada e passar o saber para os seus netos. “Sou devoto há anos, e não abro mão de vir à igreja por nada. Cresci sabendo quem eu deveria agradecer pelas minhas graças alcançadas, pela minha vida. Hoje, com o saber que tenho, tento repassar aos meus netos. É algo que, assim como esse dia, virou tradição”, afirma.