Na manhã desta sexta-feira (01), os usuários do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) em Belém vivenciaram uma experiência única durante as sessões de terapia. O evento, intitulado “Baile da Matinta”, contou com a presença de personagens folclóricos como o saci, o boto, o curupira e a própria Matinta Pereira, que trouxeram uma versão regional do Halloween.
Essa iniciativa teve como objetivo promover a cultura amazônica, explorando mitos e criando uma conexão com outras culturas, e envolveu também os acompanhantes e os profissionais da instituição.
A programação começou com um cortejo por todos os setores de atendimento da instituição, liderada pela Matinta, que convidou a comunidade assistida a se juntar ao Baile. No decorrer da programação, houve também um desfile de fantasias, seguido pela escolha da mais criativa.

O evento foi finalizado com uma apresentação musical do grupo de reabilitandos que faz parte das oficinas de dança e música. O dia se transformou em uma celebração de fantasias, permitindo que todos os participantes explorassem seu imaginário cultural.
Denize Moraes, supervisora do Setor de Arte e Cultura do Ciir, destaca que essa iniciativa já se tornou uma tradição na instituição.
“Estamos na sexta edição e fazemos questão de trazer essa característica regional para uma data que é muito popular, integrando elementos da cultura de outros países, ao mesmo tempo em que trazemos as nossas próprias lendas para o público. Isso proporciona um momento de interação e conhecimento sobre a nossa cultura regional”, ressalta.
Ela complementa que esse evento é uma maneira criativa de envolver todos na instituição. “Nosso papel, enquanto setor de arte e cultura, é proporcionar ao público, mesmo durante o atendimento, uma experiência cultural, um momento de interação e um alívio na rotina que enfrentam aqui. Assim, nossa missão é tornar esse instante um pouco mais agradável e oferecer um cuidado especial para as pessoas que estão trabalhando no atendimento”, afirmou.
Ela também menciona que os figurinos são feitos de maneira sustentável. “Utilizamos nossa criatividade e um aspecto fundamental, que é a sustentabilidade, para criar nossas ornamentações. Todos os materiais são reaproveitados de atividades realizadas aqui no centro. Pegamos esses materiais e os incorporamos em nossos figurinos. Assim, temos o “baile da Matinta” para promover a interação com o público”, relata.
Antônia Souza, de 26 anos, é mãe de Maria Laura, de 5 anos, que está em reabilitação na instituição há aproximadamente quatro anos. Ela revela que a filha adora participar das atividades oferecidas.
“Nós somos de Nova Esperança do Piriá e passamos muito tempo aqui fazendo as terapias. Esses momentos de lazer são extremamente importantes. A Laura é bastante vaidosa, sempre se apresenta como uma verdadeira princesa. Ela se empolga muito durante as danças e canções com o grupo. Para mim, como mãe, é um alívio vê-la se divertindo e compartilhando esses momentos com outras crianças”, compartilha Antônia.
Fabiane Oliveira, de 41 anos, mãe de Fernando Alexandre, de 13 anos, que já faz reabilitação há cerca de 6 anos, se caracterizaram de vampiros para participar do desfile à fantasia. “Viemos como vampiros com a intenção de ganharmos o desfile. Nós gostamos muito desses momentos de descontração entre as terapias. É bom dar uma quebrada na rotina e ajuda a aliviar o estresse”, comenta.
Fonte: https://diariodopara.com.br/belem/cirr-promove-baile-da-matinta-e-anima-usuarios-em-belem/