Mortes de ciclistas somam quase 15 mil na última década no Brasil

Pedalar se tornou uma escolha cada vez mais comum nas cidades brasileiras, seja como meio de transporte, lazer ou esporte. As vantagens da bicicleta renderam até uma data comemorativa: o Dia Mundial da Bicicleta, celebrado em 3 de junho, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) para incentivar esse meio de transporte sustentável e saudável.

Porém, esse hábito esconde um dado alarmante. Entre 2014 e 2024, o Brasil registrou 14.834 mortes de ciclistas, segundo o Ministério da Saúde. Só em 2024, foram 1.288 óbitos, uma média de quase 4 mortes por dia — e os números ainda são preliminares.

Lesões graves são comuns em quem sobrevive aos acidentes

Nos acidentes, quando há sobreviventes, as consequências costumam ser sérias. Fraturas nos braços, pernas, lesões ligamentares e traumas articulares são frequentes. Por isso, a proteção individual é fundamental, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE), Dr. João Grangeiro.

“O capacete é o principal aliado na proteção da cabeça e deve ser usado sem exceção. Ele reduz significativamente o risco de lesões graves, como fraturas cranianas e traumatismos encefálicos. Joelheiras, cotoveleiras e outros equipamentos também são fundamentais para aumentar a segurança”, afirma.

Ele reforça que, mesmo em trajetos curtos, os ciclistas não devem abrir mão dos equipamentos de proteção.

“São medidas simples que salvam vidas e evitam sequelas graves”, destaca Grangeiro.

Dicas para pedalar com mais segurança no trânsito

Além dos itens de segurança, a atenção no trânsito é essencial. O ciclista precisa observar carros, motos, pedestres e outros ciclistas. Sempre que possível, deve priorizar ciclovias, que oferecem mais segurança.

Outro ponto fundamental é a manutenção regular da bicicleta. Verificar freios, pneus e demais componentes ajuda a evitar acidentes por falha mecânica. Escolher trajetos com menos tráfego também reduz riscos.

“O ciclismo é uma atividade extremamente benéfica para a saúde e para a mobilidade urbana, mas precisa ser praticado com responsabilidade”, salienta Grangeiro.
“A combinação de equipamentos de proteção, atenção no trânsito e manutenção adequada da bicicleta faz toda a diferença na prevenção de acidentes e, principalmente, na redução de lesões graves. Assim, é possível aproveitar tudo o que o ciclismo oferece, sem colocar a vida em risco”, conclui.

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Fonte: https://emtempo.com.br/409364/amazonas/mortes-de-ciclistas-somam-quase-15-mil-na-ultima-decada-no-brasil/