Quatro ilhas de Belém têm 88 áreas com risco de erosão
Quatro ilhas de Belém têm 88 áreas com risco de erosão
Quatro ilhas de Belém têm 88 áreas com risco de erosão
Quatro ilhas de Belém têm 88 áreas com risco de erosão
A cidade de Belém possui 301 setores de risco de inundação e 88 áreas com risco de erosão na região das ilhas do Combu, Cotijuba, Mosqueiro e Outeiro. Os números foram apresentados ontem, 18, durante o III Encontro sobre o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) desenvolvido pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), sob a coordenação nacional do Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Periferias.
As áreas mapeadas pelo PMRR foram classificadas em graus de risco médio, alto e muito alto. Dos 37 bairros mapeados na cidade, cinco são considerados prioritários para ações de intervenção de obras do setor público: Tapanã; Curió-utinga; Paracuri; Terra firme e São João do Outeiro (bairro da ilha de Outeiro).
“As áreas com grau de risco muito alto estão relacionadas a áreas muito próximas a rios, conjugadas com uma baixa infraestrutura urbana”, explica a professora da Ufra e coordenadora do Plano, Milena Andrade. Já nas ilhas, os riscos maiores se concentram nas bordas de falésia e tabuleiros costeiros com infraestrutura já danificada.
Além das áreas afetadas, o mapeamento inclui propostas de intervenção, que passam pela limpeza, canalização, dragagem e recomposição vegetal.
O plano também indica uma sugestão sobre a precificação do custo dessas obras, com base no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), da Caixa Econômica Federal. “É mais um instrumento que auxilia no ordenamento e na gestão do município, é uma forma de captar recursos para obras de drenagem ou de contenção de encostas”, reforçou a professora da Ufra.
PMRR e a Mitigação de Riscos em Belém
Essa é primeira vez na história que um PMRR foi elaborado no Norte do país, o que, na avaliação do Ministério, representa um marco importante na política federal de mitigação e prevenção de riscos. A Defesa Civil do município é o ponto focal do documento. Entre as atribuições do órgão estão: estudar, definir e propor normas, planos e procedimentos que visem a prevenção, socorro e assistência à população e recuperação de áreas, quando ameaçadas ou afetadas por fatores adversos. “O melhor caminho é a prevenção e nossa tarefa é tornar Belém uma cidade resiliente, que esteja preparada para enfrentar adversidades e desastres e esse documento vai auxiliar nesse sentido”, pontuou o superintendente da Defesa Civil de Belém, Vitor Magalhães.
Os 15 meses de mapeamento foram feitos de forma participativa, por meio de oficinas realizadas entre a equipe do projeto e moradores dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Benguí, Cabanagem e nas ilhas. Além das questões de risco, foram catalogados outros pontos de vulnerabilidade, como falta de saneamento e pavimentação em algumas ruas e acúmulo de lixo.
“O documento é importante para que a gestão municipal tome decisões mais assertivas, principalmente para as pessoas que vivem nessas áreas que estão em maior vulnerabilidade e sofrem os impactos”, finalizou a secretária de meio ambiente de Belém, Juliana Nobre.
Fonte: https://diariodopara.com.br/belem/quatro-ilhas-de-belem-tem-88-areas-com-risco-de-erosao/