Cresce a greve dos Correios frente à intransigência da diretoria da empresa

Em nova assembleia, trabalhadores dos Correios de SP mantêm greve em defesa de reajuste

Os trabalhadores dos Correios de São Paulo, em mais uma assembleia lotada na noite de segunda-feira (19), aprovaram a continuação da greve da categoria. A assembleia confirmou a posição do sindicato e rejeitou a proposta apresentada pela empresa em negociação no último dia 15.

De acordo com a entidade, a proposta de reajuste é rebaixada e não resolve a questão referente aos planos de saúde, que atualmente “consomem 30% do salário, desde que o plano foi terceirizado, e em alguns casos até quarterizado, além de não dar assistência aos mais velhos e crianças, que são quem mais precisam. A consequência é que vinte e cinco por cento dos funcionários já deixaram o plano de saúde”, afirma Elias Diviza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em São Paulo (Sintect-SP).

Além da manutenção da mobilização, nesta segunda, a FINDECT (Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) garantiu a mediação da negociação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). De acordo com a entidade, através do ministro vice-presidente Aloysio Corrêa da Veiga, o Tribunal “agendou uma reunião bilateral de trabalho e negociação para o próximo dia 21 de agosto, às 14h, na sede do Tribunal”.

“Os trabalhadores dos Correios estão em greve desde o dia 7 de agosto, exigindo um reajuste salarial imediato, a redução no custeio do plano de saúde, além de melhorias nas condições de trabalho e outros benefícios. A mobilização tem contado com forte apoio dos sindicatos filiados à FINDECT, que se mantém firmes na luta por condições mais justas para todos os trabalhadores da categoria”, ressalta a Federação, liderada por José Aparecido Gimenes Gandara.

Manifestando apoio à greve da categoria durante a assembleia, Lídia Correia, liderança do PCdoB-SP, saudou a “justa e já vitoriosa mobilização dos trabalhadores dos Correios”. “Uma categoria essencial como essa não pode ser ignorada pela empresa, pelo governo. Merece toda atenção e ter as suas reivindicações atendidas”, ressaltou Lídia. A assembleia contou também com apoio do presidente do Sindicato dos Servidores da Educação de São Paulo, Claudio Fonseca.