Foto: Lula Marques/ABr
Ex-braço-direito de Haddad é considerado pelo mercado um mediador entre política fiscal e monetária
Por InfoMoney – O Senado aprovou, nesta terça-feira (8), a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, para a presidência da instituição. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o economista obteve 66 votos favoráveis e apenas cinco contrários.
Considerado um heterodoxo moderado, o mercado não vê em Galípolo alguém da bancada do PT, mas sim alguém bastante preparado para servir de ponte entre o mercado e o governo.
Em abril de 2022, antes da campanha de Lula ao Planalto começar oficialmente, o economista chamou atenção ao participar de um jantar com empresários na companhia de Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores. O evento, organizado pelo grupo Esfera Brasil, reuniu nomes de peso do empresariado e mercado financeiro, como André Esteves (BTG Pactual) e Abílio Diniz (Grupo Península).
Na ocasião, Galípolo já era visto como possível nome capaz de promover uma integração entre o então candidato à presidência do PT e o mercado. Ao que tudo indica, a postura heterodoxa em relação à economia e passagem pelo mercado financeiro são vistas como um importante fator de ponderação na interlocução do atual governo com o empresariado. Não é à toa que a capacidade de diálogo e convencimento junto a atores diversos são características destacadas por quem o conhece.
Fonte: Brasil 247