Maioria da população acredita que segurança pública piorou em São Paulo e vê centro mais violento

Loja de câmeras de segurança foi saqueada no final de semana – Foto: Reprodução

Pesquisa realizada pelo Instituto Travessia mostra que 50% dos moradores de São Paulo acredita que a segurança no Centro da cidade piorou nos últimos dois meses. A pesquisa foi realizada a pedido do jornal O Globo, entre os dias 15 e 16 de maio, com mil entrevistados.

De acordo com a pesquisa, apenas 10% notaram melhorias na região, enquanto 35% não observaram mudanças significativas.

A pesquisa mostra também que a preocupação com a segurança é intensa entre os moradores do Centro da capital paulista, onde 55% percebem um aumento da insegurança desde março. Os dados levantados pelo Instituto Travessa se contrastam com os dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que apontam uma queda de 6,7% nos roubos em 2023, apesar de um aumento de 6,53% nos furtos. Em 2023, mais de 380 mil furtos foram registrados na capital, isso sem falar naqueles que não foram notificados às autoridades.

“A sensação de insegurança no Centro não é só resultado dos índices de roubo e furto. Há uma percepção de que a região está desorganizada e esvaziada”, explica Renato Dorgan, CEO do Travessia.

“As imagens de arrastões e carros sendo quebrados aumentam a sensação de pânico”, completou.

CRACOLÂNDIA

A pesquisa ainda analisou a visão dos paulistanos sobre a situação na Cracolândia e constatou que a população tem uma visão pessimista. 80% dos entrevistados percebem um aumento dessa área nos últimos 12 meses.

A responsabilidade pela resolução do problema da Cracolândia é vista de forma diversa: 44% dos paulistanos atribuem essa tarefa à Prefeitura, 23% ao governo estadual e 26% ao governo federal. 

Há um forte apoio popular à internação compulsória de usuários de drogas, com 78% dos entrevistados favoráveis a essa medida.

O Instituto Travessia também analisou o cenário político e constatou que 23% dos paulistanos se identificam como de “direita”, 17% como de “centro” e 12% como de “esquerda”, enquanto 40% não se alinham a nenhum espectro político específico. Quanto às políticas públicas de apoio à comunidade LGBTQIAP+, 52% são favoráveis, 14% contrários e 34% indiferentes.

Fonte: https://horadopovo.com.br/maioria-da-populacao-acredita-que-seguranca-publica-piorou-em-sao-paulo-e-ve-centro-mais-violento/