Reitores da USP, UNESP e UNICAMP repudiam ameaça de corte de Tarcísio na verba da Fapesp

“Os pilares do ensino superior e da pesquisa em São Paulo estão sob ameaça”, afirma comunicado emitido pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).

O órgão que é presidido atualmente pelo Reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, divulgou o comunicado, intitulado “Pela manutenção do financiamento à Fapesp” e destaca a importância da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado.

Como ressalta o conselho, “esse sistema, caracterizado pela importante interação com a sociedade, pela transferência do conhecimento e pelo forte impacto na qualidade de vida da população, para ser eficiente, necessita de planejamento a longo prazo, de apoio político, de políticas públicas eficientes e de financiamento adequado”.

O texto ressalta exemplos recentes de sucesso provenientes da colaboração entre a Fapesp, o setor acadêmico e a sociedade, incluindo avanços na medicina, tecnologia sustentável e inteligência artificial.

“Os inúmeros exemplos recentes de sucesso podem ser citados como resultado da interação da Fapesp com o setor acadêmico e com a sociedade, como o desenvolvimento do “carro voador”, as pesquisas na área da agricultura de baixo carbono, as iniciativas para a transição energética sustentável, os avanços na medicina com a tecnologia CAR-T cell para tratamento de câncer e os transplantes heterólogos, e a criação dos centros de inteligência artificial”, destacam os reitores

O orçamento proposto pelo governador Tarcísio de Freitas para 2025, atualmente em análise na Assembleia Legislativa, apresenta cortes drásticos nos recursos destinados à Fapesp.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025, encaminhada pelo Executivo à Assembleia Legislativa, inclui artigo que permite reduzir o repasse de 1% das Receitas Tributárias do Estado à Fundação, determinado pela Constituição Paulista, para 0,7%, corte estimado de R$ 600 milhões, o que representa quase 60 mil bolsas de iniciação científica a menos.

Os reitores das principais universidades estaduais de São Paulo – USP, Unesp e Unicamp – enfatizam a necessidade de um financiamento capaz de manter a qualidade na avaliação de projetos e o reconhecimento internacional da Fapesp.

“Para manter esses ganhos históricos e avançar nessa trajetória, precisamos de uma Fapesp protagonista, com financiamento previsível, para que sejam mantidos sua acurada qualidade na avaliação de projetos e seu reconhecimento internacional. A pujança da ciência de São Paulo deve crescer cada vez mais e o apoio dos Poderes Executivo e Legislativo são fundamentais para a manutenção e o progresso dessa excelência”, finalizam os reitores.

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