Sob Tarcísio, explode o número de roubos seguidos de morte em São Paulo

O número de latrocínios no Estado de São Paulo cresceu 35,7% entre os meses de abril e maio deste ano, de acordo com levantamento realizado pela Secretaria da Segurança Pública, divulgado nessa terça-feira (25). Ao todo, 82 pessoas já morreram vítimas de latrocínio no estado em 2024.

Maio registrou o maior número de latrocínios mensal deste ano. Foram 19, contra 14 do mês anterior. No mesmo período do ano passado, ocorreram 13 latrocínios.

Entre janeiro e maio de 2023, 67 pessoas haviam morrido em decorrência do crime, 15 a menos do que neste ano.

O trânsito do estado também ficou mais violento neste ano. Nos cinco primeiros meses foram 1.669 casos de mortes no trânsito registrados, quatro como homicídio doloso, quando há intenção de matar. As demais como homicídio culposo. A alta total de homicídios de trânsito no período foi de 13%.

Com uma média de quase um assassinato por dia, o Vale do Paraíba segue no topo da lista de regiões do interior do estado de São Paulo mais violentas.

O número, no período, é 12,3% maior do que o registrado no ano passado. Isso porque, segundo a SSP, de janeiro a maio de 2023, haviam sido registrados 138 assassinatos nas cidades do Vale.

Entre as regiões do interior paulista, o Vale do Paraíba continua sendo a única a ultrapassar a marca de 100 mortes violentas — que abrangem as vítimas de homicídios dolosos (aqueles onde há a intenção de matar) e os latrocínios (que são os roubos seguidos de morte).

Em segundo lugar na lista das regiões do estado, com exceção da capital e da Grande São Paulo, aparece a região de Campinas, com 93 assassinatos nos cinco primeiros meses deste ano.

De acordo com os dados divulgados nessa terça, os números de outros crimes patrimoniais, como roubo e furto, tiveram pequenas quedas. Maio teve 16.501 roubos, contra 17.002 do mês anterior. O número de furtos registrados caiu de 45.971 para 45.940.

Apesar da queda, o número representa 4,5 roubos por hora, em São Paulo, no quinto mês deste ano.

Porém, no Alto Tietê, no interior do estado, o número de estupros cresceu 17,3% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os casos passaram de 46 para 54.

No período, a cidade com mais casos desta natureza foi Mogi das Cruzes, com 17, seguida por Suzano, com 9, e Itaquaquecetuba, com 8. Santa Isabel foi a única cidade da região que não registrou estupros.

Deste total, 40 ocorrências envolviam vítimas vulneráveis – pessoas que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possam se defender.