Uma TI estratégica e capaz de gerar ganhos sustentáveis para suas instituições. É assim que têm agido os times de tecnologia do Hcor e da Dasa, que compartilharam as melhores práticas de sua atuação durante o encontro do IT Forum Na Mata, que teve “Tecnologia como meio, não fim – cases que comprovam resultados de negócios de longo prazo” como tema central.
Durante sua fala, Anaterra Oliveira, CIO da Dasa, explicou que a companhia tem apostado em um ecossistema aberto de inovação para que a tecnologia seja aplicada com foco em resultados de negócio. A empresa é hoje uma das principais em medicina diagnóstica do país, com mais de 25 mil colaboradores e 400 milhões de exames realizados por ano.
A executiva apresentou o framework de inovação da companhia, que integra testes de conceito (POCs), dados, inteligência artificial e parcerias com startups. “A gente tem um único framework para validar, independente de ser inovação aberta, parceria com startup ou criação interna”, afirmou. Segundo ela, esse modelo tem permitido decisões mais ágeis sobre o que priorizar nos produtos e serviços oferecidos.
A Dasa mantém atualmente 540 startups mapeadas, sendo 45 com soluções em produção. Cada uma delas passou por um processo de POC que avaliou seu impacto e viabilidade econômica. Um dos cases destacados foi a parceria com a startup V360, que resultou na automação da gestão de mais de 200 mil notas fiscais por ano. A iniciativa reduziu em 31% o número de notas em atraso e otimizou o fluxo de caixa da empresa.
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Além do projeto voltado para o setor financeiro, a organização também tem empregado inteligência artificial para impactar seus resultados A tecnologia já está em uso em frentes clínicas desde 2017, principalmente para monitoramento de exames de imagem e análise preditiva. Para alcançar o impacto buscado, a Dasa tem investido na descentralização da tecnologia, capacitando áreas operacionais para criar seus próprios agentes de IA. “A gente está investindo bastante em letramento dos times para conseguir descentralizar esse conhecimento”, explicou Anaterra.
Para Marco Antônio, gerente de Sistemas do Hcor, a visão da instituição posiciona a tecnologia como base do seu planejamento estratégico. A TI, segundo ele, atua próxima das áreas de negócio, identificando oportunidades e propondo soluções de eficiência. “No Hcor, quem prioriza os projetos são as áreas de negócio. A TI propõe e participa, mas quem define é a área”, destacou.
Entre os principais desafios enfrentados pelo Hcor está a gestão de ‘glosas médicas’ – a recusa ou redução de pagamento por parte de operadoras de planos de saúde. Para enfrentá-las, o hospital tem desenvolvido soluções baseadas em IA que auditam automaticamente contas hospitalares, reduzindo o tempo de verificação e o risco de perdas. Um projeto em fase de validação utiliza machine learning para prever exames e eventos com maior risco de glosa.
Na área clínica, o Hcor também tem adotado IA para apoiar o diagnóstico. Ferramentas como AIDOC e RAPID AI auxiliam na identificação de acidentes vasculares e avaliação cerebral, com a proposta de acelerar e melhorar a precisão dos laudos. Outro case apresentado emprega IA para analisar sinais vitais dos pacientes internados, acionando automaticamente uma equipe de resposta rápida ao identificar riscos.
“Dentro do mapa estratégico, a TI está como base. Nós temos força para ir até as áreas de negócio para identificar oportunidades de eficiência e redução de custo”, completou. “Hoje, com as tecnologias que temos no mercado, temos muita possibilidade de trazer valor ao negócio”.
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Fonte: https://itforum.com.br/noticias/it-forum-na-mata-dasa-hcor/