Cerca de quatro a cada dez trabalhadores modernos (40%) começam o dia já triando e-mails por volta das 6h da manhã. O trabalhador médio, especialmente aquele chamado “do conhecimento”, recebe 117 e-mails e 153 mensagens por dia, o que na prática significa passar praticamente o dia todo respondendo mensagens, no que a Microsoft chama de “jornada de trabalho infinita”, permeada por um “ciclo de agitação constante”.
Segundo o relatório da empresa divulgado na semana passada, o volume de mensagens recebidos por pessoas aumentou 6% ano a ano globalmente. Mas isso é uma média: Europa Central e Oriental, Oriente Médio e África perceberam crescimentos acima de 20%, e de mais de 15% no Reino Unido e Coreia do Sul.
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O Relatório Especial de Junho do Work Trend Index, chamado Repensando a jornada de trabalho infinita, analisa a jornada de trabalho atual. Alega que os limites entre vida pessoal e profissional estão mais misturados, o que cria um ambiente de constante conexão das pessoas — mas também uma oportunidade para “repensar a forma como trabalhamos”.
A pesquisa foi conduzida pela Edelman Data x Intelligence com 31 mil trabalhadores do conhecimento em tempo integral ou autônomos em 31 mercados (inclusive o Brasil) entre fevereiro e março de 2025. A pesquisa foi realizada online com mil trabalhadores em tempo integral por mercado, e os resultados globais foram agregados para fornecer uma média.
Jornada estendida
O volume de reuniões também é um problema: 57% delas são ad hoc, ou seja, sem convite prévio e para resolver problemas pontuais, sem planejamento ou estratégia. É o tipo de reunião que mais cresce. Os horários também estão mais incômodos: reuniões após as 20h aumentaram 16% em relação ao ano anterior, e o trabalho aos fins de semana também cresceu.
Soma-se a isso o fato de que quase um terço das reuniões abrange múltiplos fusos horários — um aumento de 35% desde 2021. Traduzindo: a jornada de trabalho atual se estendeu, e não tem início ou fim claros, o que tem aumentado do estresse a que esses trabalhadores estão submetidos.
E os líderes já sentem a pressão: um em cada três respondeu que o ritmo de trabalho dos últimos cinco anos se tornou “impossível de acompanhar”.
Mais dados sobre esse estudo podem ser vistos nesse endereço (em inglês).
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Fonte: https://itforum.com.br/noticias/jornada-trabalho-infinita-microsoft/