A Bridge, plataforma proprietária do Bradesco de inteligência artificial generativa em uso desde abril de 2024, contabiliza mais de 200 iniciativas em diferentes áreas do banco. A iniciativa funciona como camada de IA integrada ao ecossistema da instituição financeira, e adota uma interface visual e um conjunto de APIs para disponibilizar habilidades de IA generativa internamente.
Geração de texto e código, e sumarização e classificação e criação de agentes, podem ser incorporadas nas aplicações de negócio do banco. Clientes e colaboradores utilizam essas capacidades principalmente por meio da BIA, assistente do Bradesco lançada em 2016 e “incrementada” com IA generativa em 2024.
O objetivo da Bridge é tanto impulsionar a eficiência operacional dos funcionários como acelerar o lançamento de produtos e aprimorar a experiência dos usuários. A plataforma atua, segundo o Bradesco, como habilitadora, integrando múltiplas capacidades de IA com “segurança, governança e escalabilidade”.
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“A plataforma permite que diferentes áreas acelerem seus processos, automatizem tarefas e melhorem a experiência dos usuários, sem a necessidade de novos desenvolvimentos complexos”, explica em comunicado Rafael Cavalcanti, diretor de dados e relacionamento com clientes do Bradesco. “Tudo isso incorporado a um ‘framework’ de IA responsável que também foi desenvolvido pelo Bradesco contando com a assessoria jurídica do [escritório de advocacia] Opice Blum, e está alinhado às regulamentações vigentes, metodologias de referência e governança institucional, que asseguram o uso ético, seguro e responsável da IA.”
A plataforma já é usada por áreas internas como atendimento ao cliente, TI, marketing, ouvidoria, crédito e operações. Também potencializa os sistemas e canais de atendimento utilizados pelo público, como a BIA – a assistente, utilizando recursos da solução, alcançou taxa de resolutividade de aproximadamente 90%, segundo o Bradesco.
A tecnologia
A Bridge tem estrutura multi-cloud para hospedar dados e aplicações. A solução se baseia em tecnologias como Microsoft Azure e Power Plataform, além da ServiceNow, para maior interoperabilidade e integração aos sistemas existentes do banco. Prevê ainda uma arquitetura agnóstica, capaz de se conectar a outros sistemas vindouros e atuais. Estão disponíveis “diversos modelos de IA generativa”, diz o banco.
Trabalharam na plataforma empresas como a Microsoft, Avanade e Bain & Company, além de equipes multidisciplinares de diferentes áreas do Bradesco com expertise em tecnologia, nuvem e negócios. Com planos de expansão já em andamento, a Bridge deve incorporar outras funcionalidades ao longo de 2025.
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Fonte: https://itforum.com.br/inteligencia-artificial/plataforma-ia-bradesco-bridge/