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Com o transporte coletivo parado na capital, o prefeito lembra que o rombo nas contas públicas é bilionário e que, no momento, aumentar o subsídio às empresas é inviável
O prefeito de Teresina, Silvio Mendes, afirmou nesta segunda-feira (12) que a Prefeitura não tem condições financeiras de ampliar o subsídio destinado ao transporte coletivo da capital. A declaração foi feita durante o evento de adesão ao Programa Acredita, do Ministério do Desenvolvimento Social.
Nesta manhã, motoristas e cobradores iniciaram uma greve geral por tempo indeterminado, exigindo reajuste salarial, melhorias no ticket-alimentação e no auxílio-saúde. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), os salários estão congelados há três anos e as negociações com a Prefeitura e empresários não avançaram.
O subsídio municipal cobre gratuidades e meia-passagem estudantil, totalizando milhões de reais por mês. No entanto, diante da crise financeira e de uma dívida estimada em R$ 3 bilhões, a Prefeitura afirma não poder aumentar esse valor.
Para reduzir os impactos da paralisação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começou o cadastro emergencial de veículos alternativos. Até agora, 42 veículos foram autorizados a operar, com previsão de chegar a 85 ainda hoje.
A greve pegou muitos usuários de surpresa. Paradas de ônibus ficaram lotadas, e o trânsito nas principais avenidas, como Miguel Rosa e Presidente Kennedy, ficou mais lento. Com menos ônibus circulando, muitos recorreram a transporte por aplicativo ou alternativos, como vans e “ligeirinhos”, gerando aumento na demanda e nas tarifas.
Com informações do Portal O Dia