19 Dec 2016 – 09h12
Não é exatamente uma regra, mas normalmente onde há pouca poluição luminosa há também pouca poluição sonora. Digo que não é uma regra pois encontrar um lugar livre de ruídos humanos é um desafio, mesmo em lugares que parecem o famoso meio do nada. Nós humanos somos bichos barulhentos: conversas, celulares, motores, avião passando, trem apitando, caixinha de som bluetooth. Sim, elas novamente, carrego a certeza de que quando Yuval Harari diz que nós humanos sempre fomos muito melhores em inventar ferramentas do que em usá-las sabiamente, ele estava pensando nas cada vez mais onipresentes caixinhas de som bluetooth, mas isso é assunto para outro texto.
26 Jun 2020 – 14h06
Eu já tive o privilégio de estar em alguns lugares que me brindaram com o silêncio, que é ainda mais “ensurdecedor” e tocante ao anoitecer. Quando a noite vence o dia e a Terra fica em total silêncio, você pode finalmente ouvir apenas a noite e a si mesmo, a respiração, o coração, os pensamentos.
A noite pode ser assustadoramente quieta, qualquer passo, qualquer ruído é o suficiente para perturbá-la, e você não quer incomodar, pois você não sabe o que existe do outro lado da escuridão.
Eu gosto de passar horas acordado na madrugada, na companhia dos meus pensamentos e das estrelas. Isso me emociona e me assusta na mesma medida. Talvez porque o silêncio me coloque em contato com o natural, com minhas origens, o silêncio me conecta comigo mesmo, me faz pensar e me amadurece.
10 Jan 2012 – 12h01
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Fonte: viagemeturismo.abril.com.br/blog/de-mochila/o-som-do-silencio