Restaurante em BH trata comida mineira como instituição; conheça

Quando saímos em busca dos sabores do Sudeste, Minas Gerais aparece como um território onde comida, afetividade, tradição e memória se intercalam em um banquete delicioso. Falar de Minas é falar de queijos, de torresmo, de produtos artesanais e, principalmente, de pessoas apaixonadas pela sua terra natal.

Na minha jornada em busca dos sabores do Sudeste para a temporada especial CNN Viagem & Gastronomia: Sabores do Brasil, aterrissei em Belo Horizonte para degustar um “cadinho” dos sabores do estado.

Para cumprir a missão, fui até o Mercado Central, um dos pontos turísticos mais emblemáticos da capital mineira, para experimentar queijos diversos, um mais gostoso que o outro. Para arrematar a experiência, um almoço no Xapuri, com direito a torresmo, angu e panelas no fogo a lenha, coroou minha passagem por “Beagá”.

Comida mineira típica

Como uma boa neta de mineiro, resumir as tradições culinárias de Minas Gerais em queijos é quase um sacrilégio. Por isso, um almoço no restaurante Xapuri dá conta de mostrar um pouquinho mais dos sabores do estado com ajuda de uma mesa farta.

Parada obrigatória em Belo Horizonte, aqui a comida mineira é tratada como uma instituição. Pão de queijo, pastel de angu, torresmo, jiló com queijo, feijão tropeiro, frango com quiabo e cachaças não faltam.

“A comida mineira começa a ter esse formato e identidade a partir da vinda dos portugueses. Ela é uma tríade indígena, africana e europeia”, conta Flávio Trombino, chef à frente do Xapuri.

Enquanto conversamos, a lenha estala e as panelas de barro fumegam. Para o almoço, ele prepara uma coxa e contra coxa desossadas, grelhadas na manteiga com suco de laranja.

O angu mineiro também está aqui e, apesar de levar tradicionalmente somente fubá e água, o da casa segue a moda italiana, com queijo, leite e manteiga. A carne é servida ainda com tomate tostado sem pele e requeijão com raspas.

Flávio é guardião do fogão a lenha e da comida caipira, ensinamentos transmitidos pela sua mãe, Nelsa Trombino, fundadora do restaurante e que nos deixou em 2023.

Para o chef, o que é o sabor do Brasil? “É diversidade e riqueza. O Brasil é gigantesco. A França cabe dentro de Minas Gerais, por exemplo”, responde. Mas vou além. E o sabor de Minas, qual é?  A resposta é simples, mas poderosa. “É afetividade”, crava o chef.

Sul de Minas ganha indicação geográfica para produção de vinhos

 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/viagemegastronomia/gastronomia/restaurante-em-bh-trata-comida-mineira-como-instituicao-conheca/