Setor aéreo registra recorde de ocupação internacional

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou dados sobre a demanda global de passageiros em maio, com destaque para a demanda total e capacidade que cresceram 5%, o que fez a taxa de ocupação em maio se manter em 83,4% (-0,1 p.p em relação a maio de 2024).

A demanda internacional, por sua vez, aumentou 6,7% em relação a maio de 2024, enquanto a capacidade subiu 6,4% e a taxa de ocupação foi de 83,2% (+0,2 p.p), recorde para o mês. Já a demanda doméstica aumentou 2,1% em relação a maio de 2024, enquanto a capacidade aumentou 2,8% e a taxa de ocupação chegou a 83,7% (-0,5 ppt em relação a maio de 2024).

As companhias aéreas latino-americanas, por sua vez, registraram um aumento de 8,8% na demanda em relação ao ano anterior. A capacidade aumentou 11% em relação ao ano anterior, enquanto a taxa de ocupação foi de 83,6% (-1,7 pp. em relação a maio de 2024).

Segundo a Iata, também é notável o forte crescimento do Brasil, impulsionado por uma expansão ininterrupta desde janeiro de 2023. Por aqui, crescemos 18,3% em demanda, 15,7% em capacidade e 1,8 p.p em taxa de ocupação, chegando a 81,2% em maio.

“O crescimento da demanda por viagens aéreas foi irregular em maio. Globalmente, o setor registrou um crescimento de 5%, com a região Ásia-Pacífico liderando com 9,4%. A exceção foi a América do Norte, que registrou um declínio de 0,5%, liderado por uma queda de 1,7% no mercado doméstico dos EUA. Graves interrupções no Oriente Médio no final de junho nos lembram que a instabilidade geopolítica continua sendo um desafio em algumas regiões, já que as companhias aéreas mantêm operações seguras com o mínimo de inconveniência para os passageiros. O impacto dessa instabilidade nos preços do petróleo — que permaneceram baixos durante todo o mês de maio — também é um fator crítico a ser monitorado. É importante ressaltar que a confiança do consumidor parece estar forte, com reservas antecipadas para o pico da temporada de viagens de verão no hemisfério norte, o que dá bons motivos para otimismo”

Willie Walsh, diretor geral da Iata