A ditadura cubana de Miguel Díaz-Canel, proibiu igrejas de realizarem procissões na Sexta-Feira Santa.
Nas cidades de Bayamo, Vila Clara e Havana, vários padres não receberam a autorização do Partido Comunista de Cuba para fazer eventos nas ruas.
O padre da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no bairro doe El Vedado, na capital Havana, Lester Zayas, divulgou uma nota nas redes sociais criticando a proibição. Veja abaixo:
“Aos meus queridos paroquianos e a todas as pessoas do território paroquial:
Ontem fui informado através dos canais competentes que não seria aprovada a procissão do Santo Sepultamento que havia sido oportunamente solicitada, pelas ruas do Vedado como vem fazendo há mais de onze anos com exceção do tempo de pandemia e último ano o que também foi negado, no caso do ano passado por falta de pessoal para garantir a segurança. Nesta ocasião, a recusa se deu por minha causa. Aparentemente, minhas homilias deixam algumas pessoas desconfortáveis ou nervosas.
Em relação a isso é bom fazer alguns esclarecimentos:
O pedido da procissão não é uma iniciativa do pároco,é fruto da vontade do paroquiano e portanto das pessoas que querem manifestar publicamente a sua fé, querem levar a religião que professam aos seus bairros, aos seus ruas, às suas casas, à sua vida quotidiana, é portanto um direito soberano do Santo Povo Fiel de Deus. Negá-lo como punição a um pároco é, além de absurdo, uma violação da liberdade religiosa. O pároco é apenas o porta-voz do desejo do povo, é quem o solicita à autoridade competente mas não é o seu desejo pessoal”, diz a nota.
A proibição veio após cubanos protestarem contra a ditadura do instalada no país. Houve manifestações em pelo menos seis cidades: Santiago de Cuba, Bayamo, Ciego de Ávila, Santa Marta, Cárdenas e Marianao.
Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e01-brasil/ditadura-de-cuba-proibe-procissoes-na-semana-santa