O empresário Marcelo Batista da Silva, dono de um ferro-velho, deverá se apresentar à Justiça após ter a liberdade provisória concedida. Ele é suspeito de ordenar o assassinato dos funcionários Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, desaparecidos desde novembro do ano passado.
Marcelo Batista não era visto desde o desaparecimento dos funcionários e chegou a ser procurado pela Interpol. Agora, com a decisão judicial, ele deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento mensal à Justiça e fornecimento de endereço fixo.
O advogado de defesa, Aureosvaldo Borges de Oliveira, confirmou ao Correio que a apresentação do empresário ocorrerá em cumprimento à determinação da Justiça. No entanto, ele não comentou se a decisão indica a inocência de seu cliente, destacando que ainda não houve audiências de instrução nem individualização das penas.
A Polícia Civil informou que o inquérito foi concluído e encaminhado ao Judiciário, mas não detalhou os indiciamentos.
Relembre o caso
Paulo Daniel, 24, e Matusalém, 25, desapareceram após saírem para trabalhar no ferro-velho de Marcelo Batista, no bairro de Pirajá, onde estavam empregados havia três semanas. Antes do sumiço, o empresário os acusou de furtar alumínio.
Marcelo Batista também responde a nove processos na Justiça do Trabalho, além de ter outros 60 arquivados. Entre as acusações estão falta de pagamento de salários, assédio sexual e tortura.
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