Bloco do Prazer celebra a festa nas manifestações coletivas e individuais no MAR

Os versos de Fausto Nilo e Moraes Moreira eternizados na canção interpretada por Gal Costa serviram como fonte de inspiração para a nova exposição do Museu de Arte do Rio. “Bloco do Prazer”, título da música lançada em 1982, dá nome à mostra que inaugura no dia 05 de abril no MAR, e apresenta ao público festas e celebrações que configuram momentos de alegria, catarse, transe e desejo da cultura brasileira. A exposição tem curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Thayná Trindade, Amanda Rezende, Jean Carlos Azuos e do curador convidado Bitú Cassundé.

O MAR é um museu da Secretaria de Cultura do Rio e a sua concepção é fruto de uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação Roberto Marinho. Dividida em 11 núcleos, a mostra tem mais de 350 obras: entre pinturas, esculturas, fotos, vídeos e instalações de mais de 90 artistas brasileiros. A exposição irá ocupar duas salas do MAR e pretende fazer reverberar no público a relação de cada pessoa com as festas, desde a infância até a vida adulta. “Traçamos diferentes instâncias que se relacionam com a dimensão política, social e cultural de corporeidades em festa, que celebra e participa, seja no coletivo ou no individual” comenta Bitú Cassundé, curador convidado e gerente de patrimônio e memória do Centro Cultural do Cariri, no Ceará.

Apresentando também a reflexão da festa no sentido social, os ritos de passagem e a relação com o corpo, a nova mostra se divide em dois momentos. A primeira sala expositiva apresenta festas tradicionais, populares e religiosas pelo Brasil, enquanto a segunda sala é pautada na relação do corpo e do prazer. “A gente tem imagens, fotografias do carnaval da Bahia, onde você vê que a pessoa não tem nem mais a fantasia, ela tá numa catarse plena, de libertação, de liberdade desse corpo. Ainda nessa sala, trazemos a música Bloco do Prazer, interpretada pela Gal Costa, um tanto homenageada por nós e pelos artistas. O público pode esperar uma visão mais aprofundada da ideia das festas tanto na visualidade cotidiana da festa, quanto na relação do corpo e da catarse. A exposição também refaz a noção da fantasia, imaginando que aquilo pode ser uma tomada de posição, uma atitude política”, antecipa Marcelo Campos, Curador-chefe do MAR.

O compositor Fausto Nilo concedeu um depoimento inédito para a exposição, que será exibido em vídeo. Ali, o compositor comenta partes da letra da música e refaz a memória de como sua carreira permeada por cerca de 500 composições se estabeleceu. Fausto Nilo tem parceiros como Moraes Moreira e Fagner, cujas canções foram gravadas por grandes ícones da MPB, como Milton Nascimento e Simone.

Artistas como Thereza Eugênia, Omar Salomão, Mario Cravo Neto, Hélio Oiticica, Paula Siebra, Emiliano Freitas, Ilana Paterman Brasil, entre outros, fazem parte da nova mostra do Museu de Arte do Rio. A intenção do MAR é apresentar e discutir as várias formas de celebração. São festas pagãs e religiosas, rituais e carnavais, música e dança. Binômios que fazem do ato de celebrar, no Brasil, algo a ser considerado profano e sagrado. “A exposição ´Bloco do Prazer´ no MAR reforça o compromisso da Secretaria em celebrar e valorizar a diversidade e riqueza cultural do Rio de Janeiro. Por meio da mostra, não apenas homenageamos diversas tradições cariocas, como também reafirmamos nosso objetivo de tornar a cultura, em toda a sua pluralidade e diversidade, acessível a todos os cidadãos. Estamos dedicados a garantir que o MAR continue a servir sua tarefa como equipamento cultural municipal, funcionando como um espaço de encontro, reflexão, memória e, sobretudo, celebração da nossa identidade cultural”, afirma Marcelo Calero, secretário municipal de Cultura.

MUSEU DE ARTE DO RIO

O MAR é um museu da Secretaria Municipal de Cultura do Rio e a sua concepção é fruto de uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação Roberto Marinho. “Nosso papel enquanto museu é incomodar. Gerar experiências que nos tirem do lugar de conforto”, ressalta o secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero. “Um museu como o MAR é parte do compromisso de nossa gestão com a cultura. Mais do que isso, com a cultura como vetor de inclusão e transformação. Exposições fazem com que as pessoas se vejam refletidas em suas trajetórias e são um convite para que estes espaços sejam também lugar de afeto.”

Em janeiro de 2021, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) que, em cooperação com a Secretaria Municipal de Cultura, tem apoiado as programações expositivas e educativas do MAR por meio da realização de um conjunto amplo de atividades. A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais.

“O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um espaço de fortalecimento do acesso à cultura, ao ensino e à pluralidade intimamente relacionado com o território ao qual está inserido. Além de contribuir para a formação nas artes e na educação, tendo no Rio de Janeiro, com sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Leonardo Barchini, Diretor da OEI no Brasil. Em 2024, a OEI e o Instituto Arte Cidadania (IAC) celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, a partir de quando o IAC passa a auxiliar na correalização da programação.

O MAR é mantido com recursos próprios da Prefeitura do Rio, tendo, igualmente, o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor e a Globo como patrocinadores master e o Itaú Unibanco como patrocinador.

São os parceiros de mídia do MAR: a Globo e o Canal Curta. A Machado Meyer Advogados e a Wilson Sons também apoiam o MAR.

O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil, também via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Mais informações em www.museudeartedorio.org.br

Serviço:

EXPOSIÇÃO BLOCO DO PRAZER

Local: Museu de Arte do Rio – MAR – Praça Mauá, 5  – Centro

Data: 05 de abril de 2024  (Museu gratuito no dia da abertura da exposição)

Abertura: 18 horas (pavilhão aberto para visitação até às 20h)

Show às 19:30 – tributo à Gal Costa, por Jussara Silveira

21:00 – DJ Badauê  Funcionamento: De terça-feira a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h) 

  Valores: R$ 20 (inteira) R$10 (meia)

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