Cláudio Fonseca é presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem). Fotos: Divulgação
Em encontro com servidores da rede de educação do Município de São Paulo, o candidato a vereador Cláudio Fonseca (PCdoB) assumiu o compromisso de colocar o seu mandato, caso seja eleito, em defesa da carreira e do conjunto dos direitos da categoria.
Cláudio, que é presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), criticou o criminoso confisco das aposentadorias aprovado pela atual gestão, que retira 14% dos salários dos rendimentos desses servidores. Também criticou outras perdas impostas aos profissionais da educação com a reforma da Previdência municipal, que impacta na renda dos trabalhadores, na saúde e na qualidade da educação.
“Essa reforma contribuiu para a precarização da educação e com impactos devastadores na renda dos profissionais. Em quatro anos, retirou direitos dos servidores públicos, impondo maior tempo de contribuição, de idade, que torna mais longevo o tempo de permanência no trabalho e mais distante ainda a possibilidade de você ter a sua aposentadoria”.
“E quando se aposenta, é com um valor menor na sua aposentadoria porque acabou com o princípio da paridade, da integralidade. Aprovou o confisco sobre o salário dos aposentados: 14% daquilo que excede o salário-mínimo. Imagine uma professora aposentada, um coordenador, um diretor – que paga 14% do que excede o salário-mínimo e ainda tem imposto de renda – quase 40% da sua remuneração é destinada ao Tesouro municipal”, critica o candidato.
Segundo o professor, é necessário, nessa eleição, eleger alguém que se preocupe, que cuide das pessoas para superar essa realidade. “Nós queremos juntar os homens e mulheres que não são insensíveis à dor do outro, e nem indiferentes à quantidade de pessoas morando às margens dos rios – não é só a Cracolândia – morando embaixo das pontes, desempregados. E quando você vai conversar com essas pessoas, a maioria dela já teve emprego formal, já tiveram lares constituídos”, ressaltou.
SABESP
O dirigente sindical também denunciou a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e as consequências para a sociedade. “Nós tivemos recentemente, aqui no Estado de SP, a privatização do setor de água e esgoto. Talvez a população não tenha se dado conta do quanto o Poder Público, o Estado e o Direito perderam nessa privatização. Por que era estatal? Porque sendo estatal você tem que garantir [o serviço]. Inclusive àqueles que não têm recurso. Você não pode cortar o abastecimento de água”.
“Você tem que fazer a água chegar aos locais mais longínquos, mais desassistidos, onde as pessoas são mais vulneráveis […]. Quando você privatiza, a lógica é outra. Antes de colocar a água no novo assentamento, no novo condomínio, ou mesmo numa construção comunitária, vão aferir, se vai dar lucro ou não”.
Durante os debates, os presentes também denunciaram a política neoliberal e os ataques às conquistas dos servidores promovidos pelo atual prefeito e por outros que o antecederam. “A gente antes lutava para ampliar nossos direitos e hoje lutamos para mantê-los. Uma vergonha”, criticou a professora Michele Rosa.
Michele defendeu a importância da eleição de candidatos como Cláudio Fonseca para a Câmara de vereadores para assumir a defesa dos interesses dos servidores. “Durante a votação da Sampaprev em 2018, quando foi aprovado o confisco previdenciário, ele fez muita falta lá. Faltou apenas um voto para impedir que a reforma passasse. Esse voto foi o do Cláudio”, lembrou.
“A gente sabe que se vive de coletivo, mas precisamos de lideranças para dirigir as nossas lutas”, defendeu a servidora Célia Cordeiro. A ex-diretora do Sinpeem Cleusa Marques também defendeu a manutenção dos direitos dos servidores e ressaltou a importância da eleição de Boulos, “o único [candidato] que se comprometeu a acabar com o confisco” e com o qual se pode dialogar, uma vez que, “com a extrema-direita não tem negociação”, enfatizou.
O evento, ocorrido no último sábado (7), na Vila Matilde, zona Leste de São Paulo, além das discussões políticas, contou com música, poesia e dança. A cantora Liah Jones, acompanhada pelo músico TJ e seu violão, animaram o encontro com canções da MPB; a servidora e poeta Juraneide Lima, declamou o poema “Inferno, acessório do Paraíso”.
Fonte: https://horadopovo.com.br/confisco-previdenciario-e-devastador-para-renda-dos-profissionais-da-educacao-afirma-claudio-fonseca/