Professores paralisam atividades por salários e condições de trabalho

Fotos: Gazeta do Leste

Nesta segunda-feira (5), professores das escolas de tempo integral da rede municipal de Timon (MA) paralisaram suas atividades por 24 horas em forma de advertência. A mobilização teve como reivindicação o pagamento integral da jornada de 40 horas semanais e a regulamentação do valor da gratificação por tempo integral, compromisso que, segundo os educadores, não vem sendo cumprido pela gestão municipal.

Durante o protesto, um grupo de professores se concentrou na sede da Secretaria Municipal de Educação, onde denunciaram também a precariedade na estrutura física de algumas unidades escolares. Em determinados colégios, há relatos de que apenas um banheiro está disponível para uso de professores e professoras, o que tem gerado indignação entre os profissionais.

Embora a maioria dos docentes em regime de tempo integral sejam contratados pelo regime celetista e não estejam filiados a sindicatos, a manifestação contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sinterpum). A entidade convocou uma reunião com os profissionais para a próxima segunda-feira (12), às 16h30, na sede do sindicato.

Ainda na segunda-feira, representantes do movimento foram recebidos pelo assessor da Prefeitura de Timon, Gabriel Sousa. Segundo os professores, o encontro resultou na promessa da criação de uma folha suplementar para efetuara complementação do pagamento das 40 horas até o próximo dia 10.

“Uma ação definitiva só será possível após a elaboração e aprovação de um projeto de lei específico pela Câmara Municipal de Timon”, explicou Gabriel Sousa.

Diretores do Sinterpum visitam Escola José Sarney

Enquanto isso, a diretoria do Sinterpum intensificou visitas às escolas de tempo integral, com foco na fiscalização das condições de trabalho e constatou a precariedade do funcionamento nos banheiros dos professores. Uma das unidades visitadas foi a Escola José Sarney, localizada no centro da cidade, que atende 430 alunos distribuídos em 11 turmas de tempo integral.

O diretor adjunto da escola, Abraão Amorim (foto), reconheceu que há problemas estruturais recorrentes, incluindo os sanitários, mas afirmou que providências estão sendo tomadas. “Os comunicados são enviados à gestão e medidas estão sendo adotadas.