Pegos a tempo: O destino surpreendente dos fugitivos de Mossoró, impedido pela PF

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Deibson Nascimento e Rogério Mendonça já estavam a 1.600 km do presídio federal de onde fugiram. Mas o local para onde iriam para viverem livres é que causou espanto

Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal prenderam nesta quinta-feira (4), em Marabá, no sudeste do Pará, os fugitivos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que escaparam há 50 dias da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e que deram um verdadeiro baile nas autoridades da área de segurança pública desde a Quarta-Feira de Cinzas, em 14 de fevereiro.

O serviço de inteligência da PF estava monitorando havia alguns dias três celulares que eram usados pelos criminosos, e com isso descobriu que eles já estavam 1.600 km de Mossoró. Uma ponte que cruza o rio Tocantins foi fechada nos dois sentidos e os dois fugitivos, acompanhados de quatro “seguranças”, que tinham até um fuzil norte-americano Colt calibre 5.56, foram presos sem sequer terem tempo de esboçar uma reação.

No entanto, uma pergunta deixou todos que acompanharam a caçada aos fugitivos encafifados: por que os dois condenados estavam tão longe e aparentemente numa rota que não os levaria de volta ao Acre, estado natal deles, onde eram lideranças de uma facção criminosa filiada ao Comando Vermelho, do Rio de Janeiro?

Segundo as autoridades federais, Deibson e Rogério estavam se preparando para deixar o território brasileiro. Os investigadores já teriam a informação que eles iriam escapar para o Suriname, um país em meio à floresta amazônica que faz fronteira com o extremo norte do Pará. Já há uma atuação de quadrilhas do crime organizado aqui do Brasil que atuam naquela zona, que por fragilidade das autoridades locais e pelo difícil acesso, numa região de selva, serve de porto seguro para criminosos que se escondem da polícia.