Medidas de crédito para famílias comprarem bens no RS será “ampla”, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta da pasta para uma linha de crédito para famílias de baixa renda afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul será “ampla”, sem detalhar quais itens poderão ser comprados.

A ideia, segundo o ministro, é que essas pessoas tenham recursos para “reconstruir a vida toda”.

O texto ainda precisa ser validado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de ser enviado ao Congresso Nacional. O encontro, segundo Haddad, ocorrerá ainda nesta quarta-feira (8).

“Nós temos que fazer uma medida ampla, depois fazemos uma avaliação concreta sobre o que vai precisar. Mas assim, pelo que nós estamos vendo, as imagens deixam claro que muitas vezes nós estamos falando de uma reconstrução de uma vida toda que se perdeu. Então nós temos que ter muito cuidado, muito acompanhamento, transparência. As coisas seriam bem encaminhadas. As coisas precisam ser mais abrangentes, é nisso que estamos trabalhando”, afirmou a jornalistas na porta do Ministério da Fazenda.

Haddad também comentou sobre a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. A proposta da equipe econômica é que a moratória seja até dezembro de 2024, mas existe a possibilidade de estender a suspensão por três anos.

Segundo o ministro, os valores, a princípio, ficarão em aberto, mas o tema ainda está em debate na Casa Civil e Lula vai arbitrar a decisão.

“Ele fica em aberto, a princípio. Não sei como terminou a discussão ontem à noite na Casa Civil, mas hoje é para fechar esses detalhes com o presidente. Então nós vamos fechar agora com o presidente. A gente vai ultimar os detalhes, esses tipos de detalhes. Se já põe prazo, se deixa a critério do Executivo prorrogar”, pontuou.

Segundo os cálculos da Fazenda, a extensão do prazo dá um alívio de R$ 10,5 bilhões para o estado.