Caso Marielle: PSOL pede a Lewandowski e PF reunião sobre “pontas soltas”

Os deputados federais Chico Alencar e Tarcísio Motta, do PSOL do Rio de Janeiro, vão pedir reuniões com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para defender mais investigações sobre o que consideram ser “pontas soltas” do caso Marielle Franco. Lewandowski já declarou publicamente que considera o caso encerrado.

Tarcísio afirma ter confiança na conclusão dos investigadores, cristalizada na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de que os mandantes do assassinato teriam sido os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. Diz, no entanto, que a delação de Ronnie Lessa, executor confesso do crime, levanta perguntas que não foram respondidas pelas apurações.

O parlamentar carioca questiona, por exemplo, por que a PF não colheu depoimentos de Rivaldo Barbosa e nem de Laerte Silva de Lima, que se infiltrou no PSOL para monitorar os passos de Marielle e, segundo Ronnie Lessa, seria um miliciano ligado aos Brazão.

Outro ponto que, para Tarcísio, carece de esclarecimento é a revelação, no relatório da PF, de que Lessa e o ex-PM Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, pesquisaram vários nomes do PSOL antes de definir Marielle como alvo.

Na avaliação do deputado federal, há indícios de que os irmãos Brazão representam uma “ameaça ao funcionamento da legenda” e queriam “calar o grupo político que podia interferir em seus projetos econômicos”.

Nos aparelhos de Lessa, a PF encontrou registros de pesquisas sobre o deputado Chico Alencar, o ex-vereador Renato Cinco e a filha do hoje presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que à época estava filiado ao PSOL. O relatório da investigação também menciona buscas pelos nomes do próprio Tarcísio e do suplente de vereador Pedro Mara.

Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/radar/caso-marielle-psol-pede-a-lewandowski-e-pf-reuniao-sobre-pontas-soltas/