Animais peçonhentos causaram 1,8 mil acidentes no RN

O Rio Grande do Norte registrou 1.777 acidentes envolvendo animais peçonhentos de janeiro até março de 2024, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). O número representa 20,63% do total de casos ocorridos durante todo 2023, quando foram notificados 8.615 acidentes e, conforme a pasta, são motivados principalmente pelas intervenções humanas no meio ambiente, o que faz com que eles se desloquem para a área urbana e, por consequência, o meio doméstico.

Dos 1.777 acidentes contabilizados no primeiro trimestre deste ano, 59,26% – ou 1.053 casos – foram causados por escorpiões, sendo o mais comum o amarelo do Nordeste (Tityus stigmurus). Em segundo lugar, estão as ocorrências envolvendo abelhas, responsáveis por 339 casos – ou 19,08% e, em terceiro lugar, as serpentes, causadoras de 147 acidentes, ou 8,27% dos casos notificados pela Sesap. Outros animais envolvidos em acidentes no RN são as aranhas e lagartas.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, dos 1.777 acidentes contabilizados no primeiro trimestre deste ano, 59,26% - ou 1.053 casos - foram causados por escorpiões / Foto: reprodução

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, dos 1.777 acidentes contabilizados no primeiro trimestre deste ano, 59,26% – ou 1.053 casos – foram causados por escorpiões / Foto: reprodução

A Sesap informou que a maioria dos casos ocorre devido às modificações do meio ambiente causadas pelo ser humano e pela incidência de chuvas na região, que influenciam o aparecimento principalmente cobras e escorpiões nos espaços domésticos.

Como formas de prevenir esses acidentes, a pasta aconselha que se cultive o hábito de examinar calçados e roupas antes de usá-los, não acumular lixo e entulhos, fechar buracos em paredes, manter berços e camas afastados das paredes, usar sempre luvas de couro ao remover vegetação, lenha, pedras, entre outros, e principalmente, preservar seus predadores naturais como corujas, sapos, lagartos, galinhas, gansos e guinés.

E, em caso de acidente, a pasta orienta que os primeiros cuidados devem ser lavar o local atingido com água corrente e sabão e, se possível, tirar uma foto do animal para facilitar sua identificação. Em caso de dor aguda, como nas picadas por escorpião, pode-se recorrer às compressas frias. Em seguida, procurar um serviço de saúde para receber o tratamento adequado.

Na maioria dos casos, além de leve intoxicação, dor local e dormência, o paciente pode apresentar sintomas como sudorese, náusea, dor de cabeça, vômito e agitação. Neste caso, buscar ajuda médica é o mais indicado, orienta a Sesap.

São cinco hospitais que possuem soro antiveneno no RN: os regionais Tarcísio Maia (Mossoró), o Seridó Telecila Freitas Fontes (Caicó) e o Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros); o Hospital Giselda Trigueiro (Natal) e o Maria Alice Fernandes – Pediátrico (Natal). Além do Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Norte (Ceatox/RN).

ESPÉCIES COMUNS NO RN. Campeões em acidentes no RN, os escorpiões possuem hábitos noturnos e gostam de se esconder em lugares escuros, sendo o amarelo a espécie mais comum no RN. Entre as serpentes mais comuns em acidentes estão: Jararaca, Cascavel, Coral verdadeira, Surucucu pico-de-jaca. Já as espécies mais comuns de aranha são a marrom, armadeira e viúva negra.

Fonte: https://agorarn.com.br/ultimas/animais-peconhentos-causaram-18-mil-acidentes-em-tres-meses-no-rn/