as histórias e lendas urbanas que fizeram parte do imaginário popular da Capital

ASSOMBRAÇÕES

Histórias fizeram parte do imaginário dos habitantes da Capital

13 de abril de 2024

Portal GCMAIS

A quase tricentenária Fortaleza guarda inúmeras lendas urbanas ao longo de sua história. Neste 13 de abril, em que a capital cearense completa 298 anos de fundação, separamos algumas das lendas que por muito tempo fez parte do imaginários de muitos fortalezenses.

Fortaleza 298 anos: as histórias e lendas urbanas que fizeram parte do imaginário popular da Capital

Foto: Reprodução

De casa mal-assombrada do bairro Otávio Bonfim, passando pelo maníaco da seringa ao Lobisomen da RFFSA, são muitas as histórias passadas de geração a geração e mesmo que nos dias atuais, não sejam tão faladas, ainda existem na memória dos fortalezenses mais antigos.

Conheça algumas histórias e lendas urbanas de Fortaleza:

Casa mal-assombrada do Otávio Bonfim

Em 30 de maio de 1934, as atenções da Capital cearense estavam voltadas para uma casa do bairro Otávio Bonfim, nas proximidades da avenida Domingos Olímpio. Segundo denunciavam vizinhos e mesmo um ex-morador da casa, João Escóssio, a construção era constantemente abalada por ruídos e pancadas misteriosas. Alguns alegavam, inclusive, ter visto cadeiras “virarem de pernas para o ar”. Mas o que chamou mais atenção foi o caso da pequena Maria Águeda, uma criança que teria sido atacada repetidamente por “um espírito louco”.

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A Hilux preta

A trajetória da Hilux preta segue, de perto, o dito popular: o povo aumenta, mas não inventa. O suposto veículo de cor escura que aterrorizou Fortaleza e Região Metropolitana foi avistado em vários bairros da Capital a cometer crimes como sequestro, tiroteios e até ocultação de cadáver. Eram ações colaterais, pois que, segundo contava-se, a atividade principal do 4×4 era sequestrar crianças para retirar-lhes o fígado.

A Casa do Cão de Itaoca

O Cão existe e morou em uma casa na Itaoca, Fortaleza. Foi na década de 40 a estadia. O Coisa-Ruim fez-se manifesto de diversos modos, segundo contam: um santuário se lançou, sozinho, à destruição; um fogão virou, espontaneamente, para baixo; talheres, pratos e copos passaram a dançar na casa da rua Romeu Martins. Por culpa do Demo, disseram os moradores. A história foi tanta que em 1941 foi capa dos principais jornais em circulação na Capital cearense e assunto da única emissora de rádio da região. Da família que ali vivia quando o Tinhoso aportou ninguém mais soube. Mas, ido embora o hóspede maldito, a casa voltou a ser ocupada.

A perna cabeluda

A memória da Perna Cabeluda surgiu por volta da década de 70 e alertava para os perigos dessa criatura fantástica cujo hábito seria esperar, no escuro da noite, um transeunte desavisado para aplicar-lhe chutes, sem distinção de gênero nem idade.

Maníaco da seringa

Ele já foi visto nas maiores praças do Centro de Fortaleza. Também é presença costumeira em festas de Carnaval. Além do Ceará, já atuou em São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, entre outros estados. É branco, é negro, é novo, é velho, ambíguo. Isso porque o “Maníaco da Seringa” entrou para o imaginário popular e as páginas policiais como um indivíduo que, armado de seringa repleta de sangue, infecta em uma picada transeuntes e foliões com o vírus do HIV. Volta e meia, alguém é detido, nas mais diversas localidades, pela prática criminosa.

Lobisomem da RFFSA

Não se trata, portanto, de uma lenda ou de uma figura específica. Mas um homem já foi detido pelo menos quatro vezes por repetir o crime. É Francisco Nogueira, 45, encontrado pela primeira vez em 2013 no bairro Benfica. O homem nunca foi pego com seringa, mas as vítimas o apontam como o culpado da prática nos arredores do Instituto José Frota (IJF), do terminal do Siqueira, no Centro de Fortalez. A última vez que apareceu foi em 2015.

Reza a lenda, um antigo funcionário da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) foi demitido e não tinha aonde viver. Foi morar nos trilhos, em vagões abandonados. Sujo, grosso, de unhas grandes, descobriu-se, ainda, ser o homem um lobisomem. A história assustou os moradores próximos aos trilhos na década de 60, e muitos afirmaram ter visto a criatura circular no caminho de ferro. Vale lembrar: segundo as lendas, lobisomens só podem ser criados às sextas-feiras 13 de Lua Cheia. Como hoje.

Corta-bundas do José Walter

Esse não é lenda. Ocorreu entre 1984 e 1987, no bairro José Walter, a história de Evandro Oliveira da Silva, 26, maníaco que aterrorizou a região pela prática de invadir casa para retalhar as nádegas de mulheres e até crianças. O criminoso não roubava nem tentava matar a vítima. Em depoimento, negou interesse sexual – seu prazer era apenas talhar um corte profundo. Durante os anos de atuação, dezenas foram atribuídos ao Corta-Bundas, mas o criminoso, que sempre reconheceu a culpa, assumiu apenas dez. Um dia foi reconhecido por uma vítima, que acionou a polícia. O homem foi preso em 1987 e morreu assassinado no antigo presídio Instituto Professor Olavo Oliveira.

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Fonte: https://gcmais.com.br/noticias/2024/04/13/fortaleza-298-anos-as-historias-e-lendas-urbanas-que-fizeram-parte-do-imaginario-popular-da-capital/