1º de Maio: “Abaixo a semiescravidão!”

As Centrais sindicais decidiram este ano (ir ao Paraíso) realizar as comemorações do 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, no estacionamento gigante do Itaquerão, extremo Leste de São Paulo, região fabril e endereço da principal concentração operária do estado.

Nada mais providencial no momento em que quase a metade da população economicamente ativa do país está na informalidade, desempregada, ou na ilusão do “Uber”, tentando sobreviver na esperança requentada do trabalho por conta própria, sem horário e sem patrão. A realidade é a semiescravidão. Sob o rótulo de mudanças estruturais nas relações do trabalho, se promove o mais cruel retrocesso nos direitos, na jornada e nas condições de trabalho. Com a herança maldita do fascismo, as entidades sindicais, confederações, federações, sindicatos e centrais, sucumbem sufocadas pela asfixia financeira.

A presença do Lula vai dar prestígio ao ato e qualificar o quorum. A previsão é a participação de 50 mil trabalhadores, que, em contrapartida, serão contemplados com shows de artistas engajados nos diversos segmentos da militância.

O ato será apimentado pela greve dos professores e trabalhadores nas universidades federais, há sete anos sem aumento, que sobreviveram à escuridão bolsonarista e à ameaça de reforma administrativa. Será condimentado pela indignação dos aposentados, novamente ameaçados pelo olho gordo das organizações Globo.

Enfim, o ato será estimulado pela conclamação enfática do presidente Lula à reindustrialização, à redução dos juros da dívida pública e pela desqualificação do sr. Campos Neto, múmia instalada no sarcófago da presidência do BC, que promove o assalto de recursos aos cofres públicos. Só no ano de 2023 foram desviados quase 800 bilhões de reais. O 1º de Maio será sempre uma fonte de inspiração e uma dose a mais de energia que nos legaram os heróis do passado.

CARLOS PEREIRA

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