Brasil se consagra campeão do torneio Pan-Americano e Oceania de Judô Rio 2024

Time Brasil ganha confiança para a disputa das Olimpíadas em Paris 2024

Em um grande final de semana olímpico no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou diversas medalhas no judô, o que mais confiança e moral para a equipe que disputará as Olimpíadas de Paris em Julho. No Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô Rio 2024, o Brasil liderou o quadro geral com 16 medalhas conquistadas. Foram sete ouros, três pratas e seis bronzes.

Só no último sábado (27), que marcou o último dia de competição individual da competição, os brasileiros faturaram dois ouros, uma prata e quatro bronzes. As medalhas de ouro ficaram com Beatriz Souza (+78kg) e Guilherme Schimidt (81kg), enquanto Rafael Silva, o Baby (+100kg), conquistou a prata. Luana Carvalho (70kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg) ficaram com o bronze. Com isso, somando as medalhas conquistadas na sexta (26).

Neste domingo (28), na Arena Carioca 1, a Seleção foi campeã da disputa por equipes mistas após vencer dois confrontos contra Cuba, por 4×1. 

Na primeira rodada, o Brasil teve vitórias de Leonardo Gonçalves (+90kg), Shirlen Nascimento (57kg), Michael Marcelino (73kg) e Marcelo Gomes (90kg). A única pontuação de Cuba foi marcada por Maylin Del Toro Carvajal (70kg), que ganhou de Ellen Froner por ippon.

Já na segunda rodada, o Brasil recebeu fusen-gachi (W.O) contra a Argentina, já que o país não se apresentou para lutar. Sendo assim, a grande final da competição foi, mais uma vez, Brasil x Cuba.

Na decisão, o Brasil começou saindo atrás no placar, com vitória de Mailyn Del Toro Carvajal (70kg) sobre Ellen Froner, mas logo conseguiu se reerguer e fechar a campanha em 4×1. Marcelo Gomes (90kg) empatou, Beatriz Souza (+70kg) virou, e Leonardo Gonçalves (+90kg) e Rafaela Silva (57kg) confirmaram a medalha de ouro.

“Lutar por equipe é um por todos e todos por um. Você entra lá querendo fazer seu melhor. Se um perde, todo mundo perde. Se um ganha, todo mundo ganha. Independente de vitória ou derrota, tem essa união. O Brasil sempre foi uma equipe muito unida, todos vibram um pelo outro e isso faz toda diferença”, comemorou Marcelo Gomes, autor de duas vitórias no dia.

Para a competição por equipes mistas, a CBJ apostou na convocação de atletas da nova geração do judô, que vêm se destacando no cenário nacional e internacional. É o caso de Vinicius Ardina e Michael Marcelino (73kg), Shirlen Nascimento (57kg), Giovanna Santos (+78kg) e do próprio Marcelo Gomes (90kg).

Segundo Marcelo Theotonio, gerente de alto rendimento da CBJ, a estratégia já visa o desempenho brasileiro no próximo ciclo olímpico, rumo à Los Angeles 2028.

“Nós pensamos e estamos focados na classificação para os Jogos Olímpicos de Paris, mas estabelecemos uma estratégia de compor a equipe com jovens atletas já pensando no futuro. Essa oportunidade de rodagem e vivenciar a energia dentro de um evento importante como o Campeonato Pan-Americano é importante para isso. Eles cumpriram a missão e não se intimidaram”, disse ele.

O Campeonato Pan-Americano e Oceania Rio 2024 reuniu, ao todo, 498 atletas de 30 países dos dois continentes, englobando as classes sub-18, sub-21 e sênior. 

ESPORTES

Na Vela, Marco Grael e Gabriel Simões venceram na última quinta-feira (25) a 15ª regata da classe 49er da semana francesa olímpica de vela disputada em Hyères (França) e garantiram para o Brasil uma das quatro vagas oferecidas pela competição para a próxima edição dos Jogos Olímpicos.

No evento, a dupla brasileira somou 89 pontos em 15 regatas, vencendo três provas e ficando em segundo em outras duas. Desta forma Marco e Gabriel deixaram o Brasil na terceira posição geral, atrás apenas da líder Alemanha e da segunda colocada Bélgica, não podendo mais perder a vaga para os Jogos de Paris.

“Acredito que alcançamos o nosso objetivo [alcançar a vaga para os Jogos de Paris] indo passo a passo, apenas acreditando no processo”, declarou Gabriel Simões.

Além de Marco Grael e Gabriel Simões, outras duas velejadoras do Brasil também estavam na busca por uma vaga na Olimpíada. Maria do Socorro Reis, no Fórmula Kite, finalizou sua campanha na 11ª colocação, com o somatório de 119 pontos perdidos. Do mesmo modo, na disputa do IQFoil, Giovanna Prada ficou no 13º lugar, alcançando a pontuação de 121.

O Brasil também garantiu mais uma vaga no atletismo das Olimpíadas de Paris. No sábado, Izabela Silva conquistou o índice olímpico do lançamento do disco ao lançar a 64,66m, na etapa de Shanghai da Diamond League, terminando na quarta posição. A marca mínima de classificação é 64,50m. Foi a melhor marca da carreira da brasileira de 28 anos, finalista olímpica nos Jogos de Tóquio e campeã dos Jogos Pan-Americanos no ano passado.

Com o desempenho na China, Izabela se igualou a Fernanda Martins como a segunda melhor marca da história do Brasil no lançamento do disco. Andressa Morais é a recordista, com 65,34m de 2019.

A marca em Shanghai colocou a brasileira no top-10 da temporada. Ela tem no momento o 10º melhor lançamento do ano. Assim, Izabela vai chegar a Paris como candidata a ser finalista olímpica novamente. Em Shanghai, ficou atrás apenas da americana Valarie Allman (69,86m), da chinesa Bin Feng (67,11m) e da cubana Yaimé Pérez (65,59m).

“Desde o início da temporada, o objetivo é aproveitar ao máximo todas as competições e os treinos para tentar melhorar o resultado. Meu plano é buscar novamente a final olímpica, que inclusive será no dia do meu aniversário, assim como em Tóquio, no dia 2 de agosto. Com certeza, ir à final seria o meu maior presente e uma honra”, disse Izabela.

Izabela é a 13ª atleta do Brasil a conquistar índice para as Olimpíadas e só não estará na delegação verde-amarela em Paris caso três brasileiras superem sua marca de 64,66m. O Brasil está garantido em 11 provas nos Jogos, dez individuais e a maratona de revezamento da marcha atlética.

Na canoagem, o Brasil conquistou mais uma vaga. Também na última quinta, no último dia do pré-olímpico das Américas de Sarasota, Ana Paula Vergutz foi vice-campeã do K1 500m e garantiu mais uma cota para o país nos Jogos. Assim, a delegação verde-amarela vai contar com seis atletas e seis barcos em Paris.

Atleta olímpica na Rio 2016, Ana Paula completou a prova em 1m52s881, atrás apenas da argentina Brenda Rojas (1m51s376). Elas levaram as duas vagas em disputa em Sarasota. A cubana Daylen Rodriguez Perez completou o pódio (1m53s576), mas ficou fora dos Jogos de Paris.

“Mais uma vaga olímpica. Estou muito feliz. Quero agradecer a torcida de todos que acompanharam todo esse caminho de trabalho que tivemos. Conseguimos esse resultado que trabalhamos duro para ter”, disse Ana Paula.

Já na última quarta-feira (24), Valdenice Conceição venceu a prova do C1 200m feminino do Pan-Americano de Canoagem Velocidade, que serve como pré-olímpico das Américas da modalidade, em Sarasota, na Flórida, com o tempo de 47s739.

“Conquistei a vaga olímpica aqui no Pan-Americano de Sarasota, agradeço pela torcida de todos e tamo junto, família”, disse Valdenice logo após o ouro e a vaga inédita nos EUA.

O brasileiro Vagner Souta, que esteve nas Olimpíadas de Tóquio 2020 disputando a mesma prova, foi um dos finalistas, mas terminou em terceiro lugar com o tempo de 3min34s615 – atrás do uruguaio Maias Otero Ezcurra, que percorreu os mil metros em 3min31s203, e do americano Jonas Ecker, com 3min33s485.

Como o regulamento permite, Vagner garantiu um barco brasileiro de K1 1000m nos Jogos Olímpicos de Paris porque a competição não permite que o atleta de um país conquiste mais do que duas vagas por tipo de embarcação e gênero. Como os Estados Unidos levaram as duas vagas do K2, com Jonas Ecker entre os atletas, perderam o direito à cota do K1. E, com isso, o terceiro colocado do K1 herdou a classificação. 

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