Com greve em 46 instituições, servidores defendem 3,5% de reajuste para este ano

A greve em defesa de reajuste salarial já chega a 46 instituições de ensino federal em todo o país. Conforme as entidades da Educação, a categoria continuará mobilizada e exige nova negociação com o governo, que manteve sua proposta de reajuste zero para os servidores federais em 2024. Desde o último dia 19 de abril, quando a Mesa Nacional de Negociação foi suspensa, as entidades fazem debates setoriais com as áreas do governo, porém, sem avanços em relação à reivindicação dos funcionários e professores da educação federal.

Na última terça-feira (30), a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) apresentou ao governo uma nova contraproposta de reajuste salarial e reestruturação de carreira do magistério, com um índice de 3,5% para este ano.

Considerando um avanço em relação ao reajuste dos benefícios, aprovado pelas entidades, a Federação considera, no entanto, que, em relação à remuneração, “a última proposta apresentada pelo Governo não é o suficiente”, e defende os índices de “3,5% em 01/09/2024; 9,5% em 01/01/2025 e 4,0% em 01/01/2026.”

A Associação de Docentes da Universidade Federal de São Paulo (Adunifesp) também avaliou, em nota, que a contraproposta do governo, a partir apenas de 2025 “recupera ainda muito pouco das perdas e, portanto, não foi aceita como base a um acordo na Mesa pelas dezenas de Assembleias Gerais Docentes nas diversas instituições federais”. De acordo com a entidade isso “impulsionou a adesão à greve em mais institutos e universidades, incluindo a nossa”.

Para Letícia Carolina Martins, diretora do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), “a greve nas federais tem tirado o governo do seu estado de letargia, entretanto, a contraproposta do governo segue desrespeitando a categoria docente, colocando-a em desprestígio em relação a outras categorias. É por isso, que a greve segue se fortalecendo em todo o país. Exigimos respeito à carreira docente tão precarizada e a reposição dos orçamentos das instituições federais de ensino, muito defasados. Enquanto, mais uma vez, o governo tarda para convocar nova reunião para negociação, a categoria segue mobilizada”, avalia.

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