Cúmplice da morte de Marielle questiona se delegado Daniel Rosa foi preso junto a mandantes

Maxwell Corrêa, conhecido como Suel, apontado como um dos cumplices dos milicianos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, falou sobre o envolvimento de mais um delegado no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A citação ao delegado Daniel Rosa, ex-chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, foi realizada durante uma audiência da Vara de Investigação de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Rio. Suel participava da audiência, de forma virtual, junto a Lessa e Queiroz, quando sua esposa solicitou ao juiz que pudesse conversar com ele. 

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal ‘O Globo’, o juiz autorizou que Aline e Maxwell conversassem por 15 minutos, antes da audiência, desde que todos ouvissem o diálogo.

“Teve uma operação da PF no domingo”, afirmou Aline. 

“Prenderam quem?”, questiona Maxwell.

“O Brazão, o Chiquinho e o delegado Rivaldo”, afirma Aline.

Suel quis saber mais e perguntou: “E o delegado Daniel Rosa?”. 

“Esse não”, informou Aline. 

“Então ele fugiu, né?”, responde Suel 

Com a menção ao delegado Daniel Rosa, que, inclusive, chefiou a Delegacia de Homicídios durante parte das investigações do assassinato de Marielle e Anderson, o juiz decidiu encerrar a conversa imediatamente.

Daniel Rosa não foi incluído no relatório da Polícia Federal que embasou as prisões recentes. 

Na Câmara, a decisão sobre a manutenção da prisão de Domingos Brazão segue sem data definida, após deputados bolsonaristas pedirem vista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

Já Chiquinho Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, deverá ser demitido após o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pedir seu impeachment. 

Rivaldo Barbosa segue preso. 

Todos negam envolvimento.

Maxwell foi citado pelo ex-PM Élcio de Queiroz em delação premiada com a Polícia Federal e com o MP-RJ, ocasião em que deu detalhes do atentado. Élcio segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-RJ) como executores.

Na delação, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro.

No último dia 10, a Justiça do Rio de Janeiro iniciou a audiência de instrução e julgamento de Suel. Ele está preso desde julho e foi denunciado pelos crimes de homicídio e receptação por envolvimento na morte de Marielle e Andersson.

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