Em reunião de mais uma mesa de negociação, nesta sexta-feira (19), o governo apresentou uma contraproposta de reajuste salarial às entidades que representam os técnico-administrativos em educação. Ainda mantendo o reajuste zero para 2024, a proposta prevê 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
A categoria, que está em greve desde o dia 3 de abril, se manifestou em frente à sede do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) enquanto a reunião ocorria.
“A gente entende que essa proposta é um descaso com a educação, com a nossa mobilização, com as nossas manifestações. O movimento está crescendo e o governo não fez nenhum apontamento para a gente”, disse Pedro Henrique Almeida Tavares, do Sindicato dos Técnico-Administrativos da Universidade Federal do Tocantins (Sintad-TO), ao portal Metrópoles. “A tendência agora é que o movimento continue”, afirmou.
De acordo com Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que representam os servidores, “como o resultado da reunião foi insatisfatório”, a expectativa é que as bases rechacem a proposta em suas assembleias locais” e que a greve continue.
“Desde 3 de abril o Sinasefe está em greve nacional – a qual já paralisa, por tempo indeterminado, mais de 485 unidades de ensino em 23 estados e também no Distrito Federal. E uma das principais pautas da nossa greve é justamente a reestruturação das carreiras do PCCTAE e do EBTT, além da recomposição salarial das perdas financeiras dos governos Temer e Bolsonaro”, afirma o sindicato.
Já o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, diz que a proposta representa “um grande avanço”. “A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026”, afirmou.
A proposta será avaliada pela categoria em assembleias. A negociação com os docentes federais, agendada inicialmente para as 14h30, foi adiada para as 16h.
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