Lucro recorde da Sabesp comprova que Tarcísio quer se desfazer de uma empresa estratégica e de excelência

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fechou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 1,186 bilhão. A alta é de 84,7% em relação ao mesmo período de 2022. No total, durante todo o ano de 2023, a estatal lucrou R$ 3,523 bilhões, o que representa um avanço de 12,9% em relação ao ano anterior. No ano passado, a receita total da companhia foi de R$ 25,568 bilhões, 15,9% acima de 2022.

Os números apresentados pela companhia ocorrem no momento em que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) avança no projeto de privatização da Sabesp. Porém, o desempenho positivo conquistado pela estatal reforça os argumentos contrários à sua transferência à iniciativa privada.

“Esses resultados financeiros positivos só reforçam os argumentos do Sintaema contra a privatização da empresa, que além de possuir um papel social estratégico, produz ciência, tecnologia e um trabalho de excelência reconhecido e que posiciona a Sabesp como uma das maiores empresas de saneamento do mundo”, publicou em sua página na internet o Sintaema – Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo).

Para a entidade, “não restam dúvidas de que a Sabesp […] reúne todos os requisitos necessários não só para universalizar os serviços de água e esgoto no estado e ser a empresa garantidora do serviço de água e esgoto em todos os municípios do estado, como também para garantir uma política de desenvolvimento com preservação do meio ambiente e o fortalecimento da saúde e bem-estar da população”.

O informe sobre o balanço da Sabesp fez disparar o valor das suas ações no Ibovespa na manhã de sexta-feira (22) – um dia depois da divulgação dos números pela companhia. A alta foi de 3,76%, com os papéis cotados a R$ 81,70, o que impulsiona a cobiça do mercado pelo controle acionário da companhia.

No Estado de São Paulo, a empresa mantém contrato com 375 municípios, e atende a cerca de 30 milhões de pessoas. Desses, 365 estão organizados na Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (Urae), que terá o papel de firmar um contrato único entre a estatal e as cidades.

Na quinta-feira (21), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o texto enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) que autoriza a venda da companhia. O documento ainda deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça para ir a plenário.

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