Privada Enel volta a deixar região da 25 de Março no escuro

Na sexta-feira (26), lojistas e comerciantes da rua 25 de Março, no centro de São Paulo, afirmam que a região está sem energia há cerca de dois dias. O local é uma das principais áreas de comércio popular na capital paulista. Segundo a União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco), as interrupções prejudicam cerca de 800 estabelecimentos.

A energia, que é privatizada e administrada pela concessionária Enel, afirma que está no local para tentar resolver o problema e diz que a energia foi reestabelecida por volta das 12h40. No entanto, os comerciantes da região, no entanto, dizem que parte dos comércios funcionam com um gerador que foi disponibilizado pela companhia.

“É a sétima vez que isso acontece neste ano. A maioria dos imóveis são prédios, então ficam sem elevador, e sem água, porque as bombas não funcionam e não dá nem para usar o banheiro”, diz Claudia Urias, diretora-executiva da Univinco.

Segundo Claudia, o problema começou na quinta-feira (25), logo no início da manhã, quando as lojas começaram a ser abertas. Por volta das 11h a energia chegou a ser reestabelecida, mas de tarde o problema se agravou e se espalhou para mais estabelecimentos da região. A falha afeta também o sistema de emissão de notas fiscais online, o que compromete parte das vendas.

“Eles não nos dão uma previsão para a resolução do problema e amanhã é sábado, um dos melhores dias do comércio da região”, diz a diretora-executiva da associação.

AÇÃO CONTRA A ENEL

Entre novembro de 2023 e março de 2024, a região central de São Paulo sofreu com uma série de apagões, que gerou prejuízos aos comerciantes. Na última segunda-feira (22), um grupo de comerciantes do centro de São Paulo protocolou uma ação na Justiça pedindo que a Enel pague uma indenização por danos morais e faça o ressarcimento dos prejuízos aos afetados pelos apagões que ocorreram em novembro de 2023 e em março deste ano.

O processo foi aberto no Foro Central Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, e solicita também que a distribuidora de energia pague multa caso não informe 30 minutos após interrupção da previsão para o restabelecimento da força. 

A ação pede indenização por danos morais coletivos e individuais. No primeiro caso, o valor seria definido pela Justiça. Quanto ao dano moral individual, a Associação Pró-Centro, responsável pela ação, quer um mínimo de R$ 10 mil por dia sem energia elétrica para cada unidade consumidora prejudicada pelos apagões de 3 de novembro de 2023, de 18 de março de 2024 e “de outros futuros ocorridos no curso da ação e posteriormente a esta”. 

A Pró-Centro também quer que Enel pague por lucros não obtidos. O pedido inclui a condenação da distribuidora à reparação pelos lucros cessantes, ou seja, que cada empresa ou consumidor deixou de faturar, além do depósito do valor referente a seis contas de consumo integrais “ou em percentual determinado por este juízo”.

“Diversas pessoas cancelaram reservas nos hotéis do centro. Na ação são cerca de 60 comerciantes”, diz o advogado Alan Apolidorio, que defende a Associação Pró-Centro, que reúne empreendimentos como o Bar Brahma, Edifício Itália, Galeria do Rock, a balada Tokyo, hotéis como o Marabá e o Excelsior e o restaurante Ponto Chic.

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