“Proposta do governo é insuficiente e greve continua”, afirmam servidores da educação federal

Após análise da proposta de reajuste apresentada pelo governo na última reunião com as entidades de servidores públicos federais, o Comando Nacional de Greve dos técnico-administrativos definiu pela continuidade da greve, iniciada no dia 12 de março.

Segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), técnico-administrativos de 66 universidades, 2 institutos federais e 1 Cefet permanecem em greve.

“O avanço do governo passando de 9% em 3 anos para 12,8% no mesmo período, além de insuficiente, nos coloca abaixo do oferecido a outras categorias do executivo federal, tanto nos percentuais de reajuste, quanto em relação ao montante investido do orçamento. É, portanto, contraditório ao anunciado pelo próprio governo, que investiria na redução das desigualdades de remuneração no serviço público brasileiro”, afirma a entidade sobre a proposta do governo.

Na proposta, o governo mantém o reajuste de 0% para 2024, oferecendo 9% de reajuste em 2025 e 3,5% em 2026. “Quanto à reestruturação, atendeu, parcialmente, cinco dos doze pontos destacados na proposta construída pela Comissão Nacional de Supervisão de Carreira (CNSC)”, diz a Fasubra.

Reunidos em Plenária, os delegados do comando de greve reforçaram a necessidade de continuidade e fortalecimento da greve. “O avanço na proposta do governo, apesar de insuficiente, demonstra a importância da nossa greve para a conquista das nossas pautas. É imprescindível continuar a pressão junto ao governo e conquistar a opinião pública”, afirma a entidade.

Assembleia dos funcionários da UnB, nesta terça-feira (23). Foto: Sintfub

Em assembleia nesta terça-feira (23), os servidores técnico-administrativos da UnB também decidiram, em assembleia da categoria, pela continuidade da greve. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), a proposta do governo é “insuficiente para alterar de fato a atual realidade da categoria que amarga um dos piores salários e carreira do funcionalismo público”.

Em relação à proposta do governo de reajuste dos auxílios alimentação, creche e saúde, as entidades esclarecem que o comunicado de aceite já foi protocolado junto ao Ministério da Gestão e Inovação. Os reajustes compreendem: auxílio alimentação, saindo de de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; creche, de R$ 321,00 para R$ 484,90; e auxílio-saúde, aumento de 51,1% nos recursos destinados à saúde suplementar.

Na Assembleia, os servidores aprovaram a manutenção da greve por tempo indeterminado “com ampliação da adesão à paralisação, bem como ampliação das atividades e unidade com docentes e estudantes”. Os docentes da UnB, que estão em greve desde o dia 15 de abril, farão assembleia nesta quarta-feira (24) para decidir sobre os rumos do movimento. A proposta de reajuste salarial para os professores feita pelo governo foi a mesma apresentada aos técnico-administrativos.

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