Aumento de autorização de Imposto de Renda pelo Senado leva mais alimentos para a mesa dos brasileiros

Foto: Divulgação ESPM

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado divulgou nesta terça-feira (9) um projeto que, na prática, é de Imposto de Renda quem ganha até R$ 2.824,00 mensais – o equivalente a duas negociações mínimas, em 2024 Segundo Alexandre Ripamonti, professor de economia da ESPM, a medida adotada pelo governo evitará que cerca de 80% da população economicamente ativa do país, que estavam isentas na primeira faixa da tabela IRPF passem a coletar o imposto, devido ao último reajuste do salário -mínimo, em 1º de janeiro.

Alexandre Ripamonti – Foto: Divulgação ESPM

O especialista aponta que o governo federal reduzirá sua receita neste ano em R$ 3,03 bilhões. “O valor passa para R$ 3,53 bilhões no próximo ano e para R$ 3,77 bilhões em 2026. Vale lembrar que a última correção da tabela do Imposto de Renda foi feita em 2015 pela ex-presidente Dilma Rousseff.”

Textualmente, o projeto prevê uma faixa de isenção menor, que passará de R$ 2.112,00 para R$ 2.259,20. Este valor, no entanto, será complementado por um desconto previsto pelo governo para garantir a isenção de dois lucros mínimos. O benefício será de R$ 564,80. Somados, os dois montantes atingem os R$ 2.824,00. Na prática, quem ganha até dois contratos-mínimos não pagará IR — nem na fonte, nem na declaração de ajuste anual.

Ripamonti destaca que o cidadão com essa isenção terá R$ 42,00 para compra de alimentos, como frango (1kg), arroz (1kg), feijão (1kg), uma dúzia de ovos e um litro de leite a mais na sua mesa. “Ainda é pouco para o orçamento familiar”, prosseguindo: “Essa autorizada seria quatro negociações-mínimos numa proposta do presidente Lula. Mas, o governo gasta mais do que arrecada e para chegar a esse patamar a diferença terá que vir de outra fonte da liberada: deve-se aumentar a cobrança sobre quem ganha mais. Isso é justiça tributária”, conclui.

O especialista está à disposição para comentar o assunto.

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