Cientistas descobrem nova versão de salmão pré-histórico gigante com presas

Cientistas dos Estados Unidos descobriram uma nova versão pré-histórica do salmão gigantesca com presas. Segundo o documento elaborado pelos pesquisadores, o peixe poderia chegar a até 2,7 metros de comprimento e possuía dois dentes grandes aos lados do maxilar superior.

O estudo foi submetido à revista científica PLOS One em setembro de 2023, mas publicado apenas na última quarta-feira (24).

Batizado de Oncorhynchus rastrosus, o salmonídeo viveu entre 20 e 2 milhões de anos atrás na região noroeste do Pacífico. Com a análise do fóssil do peixe, os pesquisadores identificaram que o termo “salmão dente de sabre” é, na verdade, errôneo.

 

“O impressionante Oncorhynchus rastrosus das eras Mioceno e Plioceno foi o maior salmonídeo que já existiu”, escreveram os cientistas. Os peixes poderiam chegar até o tamanho entre 2,4 e 2,7 metros de comprimento.

“Também expandimos a descrição original para caracterizar o dimorfismo sexual em indivíduos maduros e reprodutores. Macho e fêmea diferem na forma de vômer, rostro-dermetmóide-supraetmóide e dentário, assim como outras espécies existentes de Oncorhynchus“, escreveram os cientistas, citando os nomes científicos de características físicas que diferem os gêneros do salmonídeo.

Uma das características é que, apesar da diferença entre os gêneros, os peixes antigos possuem os mesmos pré-maxilares proeminentes direcionados lateralmente tanto nos machos quanto nas fêmeas.

Fóssil do “Oncorhynchus rastrosus” estudado por pesquisadores dos Estados Unidos / Reprodução
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“Essas pontas na pré-maxila hipertrofiada poderiam ter defendido contra predadores, atacar indivíduos da mesma espécie e/ou auxiliado na construção de ninhos”, escreveram os pesquisadores. 

A descoberta altera o que antes conhecíamos como Smilodonichthys Rastrosus. Conhecido popularmente como “salmão dente de sabre”, o peixe com presas predominantes para fora da boca foi descoberto em 1972.

Ilustração feita para exemplificar as presas identificadas por cientistas sobre o “salmão dente de sabre” / Reprodução

A diferença está no local de onde saem as presas. Enquanto o Oncorhynchus tem as presas saindo lateralmente do maxilar, o Smilodonichthys possui os sabres exatamente como o tigre pré-histórico. “O antigo nome comum ‘salmão dente-de-sabre’ já não reflete a nossa compreensão da morfologia da espécie”, escreveram os cientistas.

“Smilodonichthys Rastrosus”, anteriormente popularmente conhecido como “salmão dente de sabre” / Museu de História Natural de Oregon

“Agora, demonstramos que os famosos dentes se projetavam lateralmente como presas, e não de dentro da boca para fora para cima ou para baixo”, explicaram.

Segundo os pesquisadores, o salmão pré-histórico possuía o mesmo comportamento dos peixes atuais de migração em situações complexas (que sobem o rio contra a correnteza, por exemplo) para desovar e se reproduzir.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/cientistas-descobrem-nova-versao-de-salmao-pre-historico-gigante-com-presas/