Policiais Militares visitam a rede de atendimento a mulheres vítimas de violência

Fotos: Ascom

O objetivo foi familiarizar os policiais com a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, onde posteriormente serão integrados à Patrulha Maria da Penha em diversos municípios

Nesta sexta-feira (19), a 3ª turma de policiais militares do Piauí que estão participando do III Curso de Capacitação ao Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar realizou uma visita à Secretaria Estadual das Mulheres (Sempi). O objetivo foi familiarizar os policiais com a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, para posteriormente serem integrados à Patrulha Maria da Penha em diversos municípios.

Para a Sempi, a capacitação é importante porque a Polícia Militar é frequentemente a primeira linha de resposta em casos de violência física e sexual sofridas pela mulher. É fundamental que os policiais estejam bem informados sobre os recursos disponíveis na comunidade para orientar e encaminhar adequadamente as mulheres em situação de violência.

Durante a visita, os policiais tiveram a oportunidade de conhecer de perto o funcionamento da Secretaria e sua rede de apoio. A gerente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Sempi, Roberta Mara Araújo, destacou o compromisso da Sempi em prevenir a violência contra as mulheres e oferecer suporte não apenas às vítimas, mas considerando todo o contexto de gênero. Ela explicou que existem diferentes diretorias dedicadas a abordar diversas facetas da violência de gênero.

Já a gerente de Articulação e Interiorização de Ações de Gênero, Adriana Ribeiro, enfatizou que a Sempi não só presta atendimento direto, mas também coordena políticas públicas em todas as esferas do governo, reconhecendo que a questão da mulher é transversal e deve ser abordada em todos os setores. “A partir da transversalidade, você entende que as políticas para mulheres estão em todos os locais, como educação, saúde, cultura e agricultura”, explica.

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A major Josélia Silva ressaltou a importância da capacitação para que os policiais compreendam o funcionamento da rede de apoio e possam agir com empatia e eficácia ao atenderem mulheres em situação de violência. “No processo de atendimento às mulheres vítimas de violência ­– que muitas vezes requer a colaboração de diversos órgãos, como a Defensoria Pública e o Judiciário ­– o policial desempenha um papel fundamental”, ressalta.

Josélia Silva explica ainda que, ao acolher uma mulher em situação de violência, caso haja flagrante de delito, por exemplo, o policial deve encaminhá-la à Delegacia de Central de Flagrantes, onde serão tomadas as medidas necessárias. Se a mulher não tiver um local seguro para ir, o policial entra em contato com a rede de apoio disponível para garantir que ela receba assistência adequada.

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O soldado Erickson Diego enfatizou a relevância do acolhimento e encaminhamento adequado das vítimas, garantindo que elas recebam o apoio necessário para reconstruir suas vidas com dignidade. “Estamos nos capacitando para aprimorar nossa abordagem no combate à violência contra a mulher, visando conduzi-las da maneira mais eficaz possível para locais onde receberão apoio de uma rede humanizada e acolhedora”, enfatiza o soldado.