Sebastião Melo jogou Porto Alegre na enchente, diz Maria do Rosário no debate da Band

O debate eleitoral exibido pela TV Bandeirantes nesta quinta-feira (8) foi marcado por intensas críticas à gestão do prefeito Sebastião Melo (MDB), especialmente em relação à enchente histórica que atingiu Porto Alegre em maio. A candidata Maria do Rosário (PT) destacou falhas graves na manutenção das estações de bombeamento e no sistema de proteção contra cheias, acusando Melo de negligência.

Rosário afirmou que a cidade foi “jogada na enchente” pela administração atual, que, segundo ela, não realizou os investimentos necessários para prevenir a inundação que devastou bairros inteiros da capital. Ela também ironizou as constantes reclamações de Melo sobre a falta de apoio do governo federal, insinuando que o prefeito prefere transferir suas responsabilidades em vez de apresentar soluções eficazes.

O debate, que contou com a participação de outros candidatos, como Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo), evidenciou a polarização entre os candidatos. Enquanto Rosário e Brizola se uniram nas críticas à gestão de Melo, Camozzato e o próprio prefeito defenderam suas ações e atacaram a postura do governo federal.

Sebastião Melo, por sua vez, rebateu as críticas, afirmando que a reconstrução dos diques e a recuperação das áreas afetadas pelas cheias estão em andamento, embora tenha admitido que os recursos federais prometidos ainda não chegaram. O prefeito tentou desviar o foco das críticas enfatizando a necessidade de um plano abrangente para a cidade que inclua novas obras de infraestrutura, mas não convenceu seus oponentes.

Maria do Rosário, que confirmou recentemente aliança com o PSB, mostrou-se confiante em sua proposta de “puxar a cidade para cima” e defendeu maior atuação do poder público na proteção contra desastres naturais. Em suas considerações finais, reiterou que a atual administração falhou em proteger a população e que sua gestão seria marcada por investimentos sólidos em infraestrutura e serviços públicos essenciais.

Veja a íntegra do debate: