Líder da bancada deixa o PSDB após partido não apoiar Nunes

O vereador Gilson Barreto e um dos fundadores do PSDB na década de 80, demonstra uma insatisfação visível com o cenário político atual da sigla e a recusa da direção tucana em apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em 2024. Barreto, que é líder da bancada na Câmara Municipal de São Paulo e vice-presidente da comissão provisória que lidera o diretório municipal, anunciou a desfiliação do partido. 

A sigla, até o momento o maior da Câmara, ao lado do PT, com oito vereadores, agora se vê diante da possibilidade concreta de perder todos os seus representantes nesta janela partidária, a debandada ocorre até a próxima sexta-feira (05), data-limite para estar filiado ao partido que representará nas urnas em outubro. A direção da legenda minimiza o episódio, diz que a questão é “página virada” e que a decisão de não fechar com Nunes foi tomada democraticamente, por 9 votos a 2, entre militantes históricos que compõem o diretório municipal

O vereador criticou a cúpula partidária e reclamou que as decisões são tomadas “de cima para baixo” em Brasília e no Rio Grande do Sul, uma referência a líderes no plano federal, como o governador gaúcho Eduardo Leite e o presidente da sigla, Marconi Perillo. Para ele, há uma “falta de compreensão” a respeito da continuidade da gestão de Bruno Covas, prefeito tucano que morreu em 2021.

O empenho do PSDB estaria principalmente em apoiar a deputada Tabata Amaral (PSB), segundo Barreto. “Eles vão entregar a sigla, o PSDB, juridicamente, porque a militância, os adeptos, os filiados estão com o Ricardo Nunes”, disse o vereador.

Há também quem defende candidatura própria. Barreto alegou que nunca foram apresentados nomes concretos, o que reforçaria o interesse em Tabata. Nesse caso, há temor de que apoio tucano acabe indo, em um segundo turno, para o deputado Guilherme Boulos (Psol), pela proximidade entre PSB e PT no plano federal.

Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/sao-paulo/e03-sao-paulo/lider-da-bancada-deixa-o-psdb-apos-partido-nao-apoiar-nunes