“Um absurdo”, diz Sarto ao cobrar ação do Governo sobre ataques ao Vila do Mar

O prefeito José Sarto, ao visitar as obras do projeto Vila do Mar, atacadas por grupos de criminosos desde a quinta-feira (4), caracterizou a situação como “um absurdo” e cobrou ações de segurança do Governo do Estado para controlar a situação.

“A Prefeitura tem feito todo o possível na política de inclusão. Entretanto, a segurança é responsabilidade do Governo do Estado. É um absurdo o que está acontecendo. Eu vim para estar presente junto à população e exigir que o Estado tome alguma ação concreta”, declarou ele, no local. Sarto ainda demonstrou indignação pela violência na área e cobrou a presença da Polícia Militar.

As obras são de urbanização da segunda etapa do projeto Vila do Mar, que inclui um conjunto de intervenções estruturais e sociais nos bairros Pirambu, Cristo Redentor e Barra do Ceará, que formam o Grande Pirambu, no litoral oeste da cidade.

Sarto cobra ações após ataques ao Vila do Mar

O primeiro ataque aconteceu ainda na tarde da quinta-feira, quando os criminosos colocaram fogo nas obras e expulsaram os trabalhadores que atuavam no local. Na ocasião, eles incendiaram máquinas e equipamentos usados na obra e ainda fizeram ameaças aos trabalhadores da construção civil, utilizando armas de fogo e coquetéis molotov. Os criminosos ainda gravaram iniciais de uma facção criminosa no local.

Na madrugada desta sexta-feira (5), o local foi alvo novamente dos bandidos, que saquearam e quebraram o que encontraram no espaço. No canteiro de obras, foram levadas 200 sacas de cimento, ferros e ferramentas. Os equipamentos que não foram levados, na ação criminosa, foram destruídos pelos vândalos.

Com isso, a Prefeitura de Fortaleza anunciou a paralisação dos trabalhos. A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) reforçou a segurança do local após os ataques.

Notificação

Após o ocorrido, a Secretaria da Infraestrutura de Fortaleza (Seinf) notificou formalmente a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) sobre o ocorrido, pedindo a adoção de medidas urgentes para apurar os crimes e identificar os responsáveis. A pasta municipal destaca ainda que a ação dos criminosos não apenas inviabiliza a continuidade da obra, mas também representa risco aos moradores locais e aos trabalhadores.

“Além da construção de lotes residenciais, o projeto contempla regularização fundiária, melhorias habitacionais e de urbanização, de maneira que é evidente o prejuízo que os citados ataques podem causar”, pontua a nota divulgada pela Seinf, assinada pelo secretário Samuel Dias.

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