Livro que condena o genocídio em Gaza será lançado em São Paulo no dia 26

O livro “Genocídio Isola Israel: Desafio é criar o Estado da Palestina” será lançado na livraria Anita Garibaldi, na rua Rego Freitas, 192, a partir das 18h30 da sexta-feira dia 26.

Haverá um debate com os autores Nilson Araújo de Sousa e Nathaniel Braia seguido de noite de autógrafos e conversas regadas a um coquetel servido após as palestras. Também confirmou presença do secretário-geral da Confederação Árabe Palestina da América Latina e Caribe, Emir Mourad autor do prefácio.

O livro, “Genocídio Isola Israel: Desafio é Criar Estado da Palestina”, que tem como autores Nathaniel Braia, autor do livro “O Apartheid de Israel” e editor de Internacional da Hora do Povo e Nilson Araújo de Sousa, doutor em Economia pela Universidade Autônoma do México e diretor da Fundação Maurício Grabois

Nathaniel Braia, um dos autores, escreveu, em 2002, o livro pioneiro em termos de crítica ao sistema opressor e colonialista israelense, “O Apartheid de Israel”, é também editor de Internacional do jornal Hora do Povo, compartilha esta nova abordagem do tema com o professor Nilson Araújo de Sousa, doutor em Economia pela Universidade Autônoma do México e diretor da Fundação Maurício Grabois.

Como destacam os autores, trata-se de um livro que busca dar respostas e contribuir para mobilizar consciências e estimular o debate no sentido de ajudar a conclamar ao fortalecimento de um levante internacional contra um genocídio perpetrado diante das câmeras e visível aos olhos dos habitantes de todo o Planeta.

O livro que tem prefácio de Emir Mourad, secretário-geral da Confederação Palestina Latino-Americana e do Caribe (COPLAC), que estará participando do debate do dia 26, foi escrito durante um combate onde os palestinos, com apoio de multidões que assomam às ruas por todas as principais cidades do mundo, resistem a uma agressão que tem a dimensão da limpeza étnica perpetrada pelas milícias do nascente Estado de Israel, a Nakba, a Catástrofe, como a definem os palestinos, uma ação de limpeza étnica que tornou os habitantes autóctones em refugiados e os imigrantes sob uma ideologia claramente colonialista em novos donos do território. Isso nos idos de 1948, uma limpeza étnica que se intensifica sob condenação internacional.

Os horrores da agressão comandada pelo fascista premiê de Israel, Bibi Netanyahu, incluem valas comuns com centenas de cadáveres nas dependências de hospitais como o Nasser e o Al Shifa, o morticínio que se aproxima dos 35 mil palestinos em sua maioria mulheres e crianças, a destruição intencional de mesquitas, igrejas, escolas, universidades e hospitais, um cerco que levou centenas de milhares à fome, os cortes de luz, o impedimento da entrada de anestésicos e medicamentos à Faixa de Gaza.

É um livro que, além de trazer denúncias sobre os crimes cometidos pelo governo atual, investigado por genocídio pela Corte Internacional de Justiça com sede em Haia, aprofunda um debate necessário sobre como os brasileiros progressistas, em um país que tem a presença de influentes e marcantes comunidades árabe e judaica, assim como os próprios integrantes destas comunidades, precisam e são chamados a se colocar para contribuir com o posicionamento do nosso país diante desta segunda catástrofe na terra onde nasceu e se desenvolveu parte importante da civilização humana.

O que estamos vendo e o livro repudia é um regime que assume caráter nazifascista cada dia mais nítido, perseguindo dissidentes dentro de Israel que de forma irreal se coloca como “única democracia do Oriente Médio, entre estes, uma catedrática, uma cineasta e um deputado (Ofer Cassif, cujo mandato tentaram cassar e cuja entrevista publicamos), todos perseguidos por que ousaram declararem-se contra o morticínio perpetrados pelas tropas israelenses.

Um regime que teve o desplante de declarar como “persona non grata” o presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, por ter dito ao mundo que aquilo que se vê sob as bombas de Netanyahu em Gaza é “genocídio como aquele que ocorreu quando Hitler decidiu matar os judeus”.

Uma nauseante desfeita logo com o Brasil cujo representante comandou a Assembleia-Geral da ONU que reconheceu o Estado de Israel, na Assembleia presidida por Oswaldo Aranha, agora atingindo Lula simplesmente por ter dito a verdade enxergada diuturnamente no mundo inteiro.

Além de um libelo contra a barbárie e morticínio contra o qual a humanidade está se levantando, um massacre que está entre os maiores e mais cruéis cometidos após o fim da Segunda Guerra Mundial, é um alerta que trata dos possíveis destinos que aguardam o Estado de Israel: a Solução dos Dois Estados com judeus e árabes, israelenses e palestinos convivendo em paz, lado a lado e respeitando os direitos mútuos, ou o fim deste Estado que surgiu e se torna cada vez mais em uma “voraz máquina de morte”, como denuncia a destacada acadêmica e dirigente da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashrawi.

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