Marcha dos servidores em Brasília rebate governo e afirma que “há dinheiro para reajuste”

Os servidores públicos de universidades e institutos federais realizaram, na manhã desta quarta-feira (17), uma marcha em direção ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Durante o ato, Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) condenou a proposta do governo federal de manter congelado o salário dos servidores neste ano. “0% é uma vergonha. Uma vergonha na medida em que há, sim, espaço no orçamento para os serviços públicos. Há espaço sim para investimento na educação, na saúde e outros tantos serviços indispensáveis para a classe trabalhadora ter condições dignas de viver”, disse.

Foto: Fonasefe

“É fundamental que nós apontemos a falta de disposição política de destinar os fundos públicos para os servidores e servidoras, entregando para os rentistas, para o sistema financeiro, aquilo que é uma conquista do povo em nossa história”, completou.

Entoando palavras de ordem como “0%, eu não aguento! Eu quero orçamento!”, os servidores carregavam faixas com as principais reivindicações dos docentes, cobrando do governo federal reajuste salarial ainda em 2024, recomposição orçamentária, reestruturação da carreira e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.

Foto: Fonasefe

“Não vamos aceitar que a nossa categoria seja dividida em classes, e que uma ganhe mais que a outra. Queremos reajuste para todos, ativos, aposentados e pensionistas”, disse um representante da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, afirmou que os estudantes são solidários às reivindicações dos servidores e destacou a importância de se unificar as pautas da educação em busca de mais investimentos no ensino superior brasileiro.

“Os estudantes estão aqui em luta para que a gente consiga garantir a recomposição dos orçamento da universidades federais, para a construção de restaurantes universitários, ampliação e garantia de bolsas de assistência estudantil, pela aprovação da lei nacional de assistência estudantil, para que a gente consiga construir juntos uma reforma universitária estruturante para que a universidade brasileira seja de verdade do tamanho dos desafios e dos sonhos que nós queremos”, disse Mirella.

Manuella Mirella, presidente da UNE. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Desde 11 de março, os funcionários das universidades e institutos federais estão em greve. Na última segunda, os docentes reforçaram o movimento, paralisando as instituições em defesa do reajuste salarial. As entidades consideraram “uma violência contra os servidores” a proposta apresentada na última reunião, em que o governo manteve o reajuste zero e desmontou a Mesa Nacional de Negociação com os funcionários públicos e propôs apenas reajuste em benefícios.

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